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3 Macrotendências que todo profissional de RH precisa conhecer - UOL EdTech

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A Ciatech - empresa que hoje faz parte do UOL EdTech - possui mais de 20 anos no mercado de educação corporativa, e um relacionamento muito próximo com as os profissionais de RH das maiores empresas do Brasil. Pensando nisso resolvemos trazer três tendências confirmadas que vão impactar (na realidade já estão impactando) o universo de desenvolvimento corporativo. E se você trabalha com gestão de pessoas ou recursos humanos, estar atento a elas pode se tornar fundamental para sobreviver ao darwinismo digital (que você vai descobrir o que é nesse texto).

Aqui vão 3 macrotendências que todo profissional de RH deveria saber. Boa leitura!

 

1) Você ainda vai ouvir falar muito sobre team management

 

Você já ouvir falar sobre “rede de times”? Se você atua na área de RH é muito provável que já esteja a par dessa nova configuração de trabalho.

Uma rede de times trata-se de uma nova estrutura de equipes mais flexível e dinâmica. As equipes têm mais autonomia para trabalhar entre si, quando necessário, e com maior priorização da distribuição e acesso às informações. É a resposta de empresas visionárias a maneira como o digital vem afetando as dinâmicas de trabalho.

 

Um ótimo exemplo dessa estrutura é o Netflix, conhecido por revolucionar conceitos relacionado à gestão de pessoas. Na empresa o recrutamento de times de alta performance é uma das maiores prioridades, e as demissões são realizadas com o objetivo de manter somente os melhores funcionários no time. O sucesso dos gerentes não é medido por métricas, mentorias ou trabalhos executados, mas sim pela excelência da equipe como um todo. Dentro do código cultural da empresa, também existem critérios como “você contribui efetivamente fora da sua especificidade [de trabalho]”, “você cria tempo para ajudar seus colegas” e “você compartilha informações abertamente e proativamente”.

 

Porém o que vemos na maioria dos casos são organizações com estruturas bem formais, triangulares e hierárquicas. Mas bem, as mudanças no mundo nunca foram homogêneas, e a história nos diz que aqueles que conseguem sair a frente na corrida geralmente são os que conseguem colher os melhores frutos dessas mudanças.

 

O que está acontecendo é que através de novas tecnologias, novos modelos de negócio, novas gerações empregadas e um mercado cada vez mais acelerado praticamente todas as áreas de negócios estão sendo viradas de cabeça pra baixo e tendo que aprender a sobreviver em uma nova dinâmica. Você já ouviu falar sobre o termo Darwinismo Digital? Trata-se do fenômeno onde a tecnologia e a sociedade evoluem de uma maneira tão veloz que as grandes empresas não conseguem se adaptar a esse movimento.  Um pouco assustador? Talvez.

 

2) Novas bicicletas para a produtividade

 

Nós inventamos ferramentas. E as novas possibilidades que essas ferramentas nos permitem acabam nos reinventando.

Steve Jobs tinha uma visão muito clara sobre o poder das ferramentas e a sua relação com as tecnologias que estava criando. Nos anos 90, em uma entrevista rara, ele fez o seguinte comentário:

“Eu acho que uma das coisas que realmente nos separa dos primatas é que somos construtores de ferramentas. Li um estudo que mensura a eficiência da locomoção de várias espécies no planeta. O condor [foi o animal que] usou menos energia para se deslocar por um quilômetro. Os humanos, com um resultado muito menos expressivo, ficam no último terço dessa lista […]. Então, isso não parecia tão bom. Mas então alguém da Scientific American teve a visão de testar a eficiência da locomoção do homem em uma bicicleta. E, um homem em uma bicicleta, um humano em uma bicicleta, desbancou o condor completamente, muito acima do topo da lista. E isso é o que é um computador para mim. Um computador é a ferramenta mais notável que já encontramos, e é o equivalente a uma bicicleta para nossas mentes.” (Traduzido livremente)

 

E a busca por uma melhor eficiência (ou mais “bicicletas” para o que fazemos no dia a dia) continua. A todo tempo novas startups surgem com ferramentas que agilizam ou trabalho e o modificam, e modificam a maneira com que nós trabalhamos. Se antes vivíamos em um ambiente corporativo onde o e-mail era a principal fonte de comunicação, por exemplo, hoje grandes ferramentas mais modernas são nomes conhecidos em qualquer empresa, como Slack, Evernote, Runrun.it, e por aí vai.

 

Na área de RH, startups também começam a surgir com novas ofertas para inovar a maneira como profissionais relacionados a gestão de pessoas executam suas tarefas. Quando falamos sobre contratações podemos citar duas startups como exemplo de como ferramentas digitais estão ditando um novo ritmo em inovação.

 

A primeira é o Bunch, que permite com que você configure métricas que definam o DNA da sua empresa em um SaaS, e as pessoas interessadas na vaga se candidata respondendo uma série de perguntas. A ferramenta então seleciona o candidato cujo as respostas têm mais fit com o da empresa pretendida.

A outra startup é nacional, a Gama Academy, que seleciona diversos possíveis candidatos a vagas de emprego através de uma prova múltipla escolha e desafios práticos. Ao final, os alunos que “sobreviverem” às provações são convidados a participar de um processo seletivo de parceiros da startup.

O que pode-se esperar em 2018 são mais ferramentas, mais intuitivas e melhores. Com a eminente mudança na maneira com que times trabalham, encontraremos mais ferramentas focadas na gestão de redes de times.

 

3) Realidade Virtual como uma ferramenta de negócios 

 

Uma das tecnologias que está prometendo modificar a maneira como consumimos tecnologia, e também como os departamentos de RH irão atuar é a Realidade Virtual.

 

Algo curioso sobre VR é que a maioria das pessoas ainda não têm noção de como essa tecnologia se tornou simples e acessível. Através de um smartphone e um óculos de suporte (que pode ser inclusive de papelão, por menos de 4 reais) é possível imergir em experiências bem impactantes. As maneiras que o VR pode ser utilizando dentro da esfera de trabalho se limitam apenas a criatividade e necessidades do contexto. A tecnologia não é mais um problema. E apesar de muitos caminhos ainda estarem por ser explorados dentro das empresas, o cenário de recursos humanos já começa a se beneficiar dessas novas tecnologias. Não é muito difícil encontrar exemplos atuais de empresas que estão usando a tecnologia com esse fim, basta pesquisar “virtual reality onboarding” no Google.

 

Um bom onboarding, por exemplo, não apenas permite que seus novos colaboradores se sintam mais à vontade na empresa, mas tem um alto impacto na retenção de talentos e também na produtividade. Através de uma solução de onboarding que contempla VR, além de tornar a experiência de boas-vindas uma imersão tecnológica, é possível que se padronize uma experiência única, ou faça personalizações de acordo com departamentos, perfis de novos colaboradores ou necessidades específicas de trabalho. Vamos imaginar o onboarding de novos colaboradores de um restaurante, estes poderiam passar pelo papel de clientes sendo impactados por diversos tipos de atendimentos possíveis e ideais. Para um negócio cuja uma das principais forças é a tradição de sua marca, os novos colaboradores poderiam literalmente caminhar pela história do empreendimento.

 

O exército britânico, por exemplo, utiliza a VR para diversos tipos de treinamento de combate e aventura. Após a implementação dessa tecnologia as inscrições aumentaram em 65% logo no primeiro mês. A realidade virtual foi muito além de uma ferramenta de imersão, e se tornou um diferencial para a atração de jovens ávidos por novidades e experiências, e também uma ferramenta de negócios.

 

Refs

https://hrtrendinstitute.com/2016/12/23/hr-trend-virtual-reality-hr/

https://www.samsung.com/uk/business/vr-for-business-solutions/21st-century-hr-how-vr-is-changing-the-face-of-training/

http://www.instavr.co/articles/general/hr-in-vr-how-human-resources-professionals-use-vr-for-hiring-training-and-more

https://www2.deloitte.com/insights/us/en/focus/human-capital-trends/2016/organizational-models-network-of-teams.html

https://hrtrendinstitute.com/2017/01/23/networks-teams/

https://hbr.org/2014/01/how-netflix-reinvented-hr