Durante esse percurso passamos por diversas mudanças, cometemos erros e acertos que nos fazem amadurecer como profissional e pessoa. Normalmente, quando decidimos o que queremos “ser quando crescer” começamos a sonhar com uma carreira de sucesso, traçamos um objetivo e o perseguimos. Comigo não foi diferente, aos 17 anos decidi me tornar Designer Gráfico e assim fui direcionando meus estudos para exercer a função. Durante o primeiro semestre da faculdade, em uma das aulas teóricas, uma professora ao corrigir meu trabalho de redação sugeriu que eu me tornasse designer roteirista, minha reação naquele momento foi: designer o quê?
Há quatro anos entrei na Ciatech como designer de interação, a área que “dá vida aos cursos”, e pouco a pouco fui direcionando minha carreira para Animação, tanto que me formei em Produção Audiovisual com ênfase em Animação. Entretanto, algumas coisas foram acontecendo durante minha trajetória profissional na Ciatech e durante a faculdade. O prazer que tenho pela escrita e estudo teórico fizeram com que me interessasse cada vez mais pela a área de planejamento educacional e logo me veio a ideia: e seu eu mudasse de área?
Essa foi uma das decisões mais difíceis que precisei tomar: passar de designer de interação para designer educacional. Essa mudança ocorreu após refletir muito, fazer um exercício de autoconhecimento e, principalmente, ouvir os bons conselhos. Durante muito tempo na Ciatech as pessoas com quem trabalho já haviam sugerido a mudança e este foi um dos fatores que determinaram minha escolha.
Após as conversas, foi necessário um longo período de reflexão para poder definir os objetivos, planejar e executar, para depois da mudança rever o que foi traçado, como Eugênio Mussak orienta na gestão de carreira.
Motivação: por que quero mudar de área? A resposta para esta pergunta já nos indica se devemos ou não mudar, se o fator for financeiro, não vale a pena arriscar, pois em algum momento nos arrependeremos da decisão tomada. Passamos boa parte da nossa vida trabalhando, então, precisamos ter prazer no que fazemos.
O que eu mais gosto de fazer? Aqui é o momento do autoconhecimento. Avaliar o que se quer fazer, conhecer as próprias limitações, forças, pensamentos, crenças e valores. Para começar, faça uma lista daquilo que você gosta, avalie o que mais pesa e o que você se vê fazendo daqui há anos. Na gestão de carreira é necessário fazer escolhas e para isso, é necessário saber aonde quer chegar. Hoje, consigo me imaginar escrevendo e pesquisando sobre diversos assuntos ao longo da minha trajetória profissional.
Mudar de área dentro da própria empresa pode gerar medo em relação ao que as pessoas pensarão, principalmente as que trabalham diretamente com você, mas essa é uma preocupação desnecessária. Uma vez que a empresa dá a oportunidade de mudança para o colaborador, significa um voto de confiança e incentivo para o funcionário, demonstrando que a empresa acredita nele. Mudar o curso da carreira não é algo de outro mundo ou ruim, é apenas focar em um objetivo, planejar e seguir em frente, sabendo que os desafios são necessários para o nosso crescimento e amadurecimento em todas as áreas da vida.