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Capacitismo: letramento e prática no case do nosso cliente Afya

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Segundo o Ministério da Cidadania, capacitismo é o preconceito e a discriminação que uma pessoa com deficiência vive em sociedade. Isso ocorre devido a um pensamento preconceituoso de que alguém é incapaz ou inferior devido à sua deficiência.  

 

  • De acordo com o IBGE, 60,7% das pessoas sem deficiência estão empregadas, contra 26,6% com deficiência. Portanto, é muito importante olharmos para esse dado e compreendermos que essa é uma pauta extremamente necessária nas empresas.  
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    Hoje, mais do que nunca, as organizações devem priorizar a diversidade no ambiente de trabalho, desmistificar os estereótipos e apoiar as iniciativas para que possam receber a todos.  

 

Neste artigo, falamos sobre o caso de sucesso apresentado pela empresa Afya, cliente UOL EdTech, na edição do EdTerça sobre capacitismo. Continue a leitura e confira!  

 

Programa de Inclusão e Diversidade da Afya 

Com 4 anos de atuação no mercado, a Afya é uma empresa que atua como uma grande aliada para profissionais na área de medicina, sendo reconhecida como o maior hub de educação e soluções para médicos.  

 

Há 2 anos, a organização passou por um reposicionamento de marca e, com isso, identificou que esse era o momento ideal para revisar sua cultura organizacional. 

 

Junto da nova marca, a Afya lançou novos valores. A partir disso, ocorreu a compreensão que inclusão e diversidade não deve ser apenas um tema, mas, sim, estar presente no ambiente de trabalho. Por esse motivo, a companhia decidiu lançar um programa chamado “Somos Plurais”.  

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O projeto foi desenvolvido pensando nas mudanças que devem vir dos liderados para os líderes. Porém, se não houver uma agenda estratégica e o patrocínio da alta liderança e dos executivos, que precisam compreender a necessidade de mudar números e o processo cultural de uma sociedade preconceituosa, não é possível partir de algum lugar para promover a diferença.  

 

Para conseguir isso, é necessário escutar com empatia quem tem lugar de fala e, de fato, desenvolver e aplicar ações eficientes para a inclusão de pessoas.  

 

Leia também: Como treinar equipes para a diversidade nas empresas?  

 

Aplicação do projeto “Somos Plurais”  

Hoje, o grupo Afya conta com 290 profissionais com deficiência, sendo mais de 3% do total. É importante destacar que o projeto de inclusão e diversidade da empresa foca em diferentes grupos minoritários, sendo organizado da seguinte forma:  

• Amigos inclusivos – Inclusão de Pessoas com Deficiência; 
• Cores da Afya – LGBTQIAPN+; 
• Agora é que são elas – Equidade de Gênero; 
• Ubuntu - Étnico Racial.  

Em dois anos de existência do programa, ocorreu a aplicação de mais de 15 treinamentos envolvendo toda a liderança e mais 5 capacitações realizadas para o time de Gente. Também foram contratados parceiros que são especialistas no assunto para fazer a criação do programa.  

 

Porém, ainda tem muitas outras ações por vir, como:  

 

  • • Novas inscrições nos grupos de afinidade; 
  • • Lançamento da Política de Diversidade, Equidade e Inclusão; 
  • • Videocast sobre inclusão de pessoas com deficiência; 
  • • Programa especial no Dia da Consciência Negra; 
  • • Início do projeto de mapeamento de acessibilidade tecnológica; 
  • • Definição do processo para solicitação de nome social; 
  • • Encerramento do ciclo de grupos de afinidade com evento organizado pelos embaixadores; 
  • • Criação de cartilha de boas práticas para processo seletivo, incluindo como evitar situações capacitistas durante entrevistas. 

 

Conheça as ações práticas aplicadas na seleção de talentos 

Com o projeto de inclusão e diversidade pronto, foi necessário olhar para a prospecção de talentos. Afinal, era importante compreender diversas questões, por exemplo, se a comunicação estava sendo assertiva e inclusiva.  

 

Portanto, a empresa analisou o processo de recrutamento desde o início, olhando para seus parceiros e suas demandas.  

 

Hoje, o ATS (Application Tracking System, ou, Sistema de Rastreamento de Candidatos, em português) utilizado pela companhia tem a aplicação simplificada, o que ajuda as pessoas com deficiência.  

 

O próximo passo foi desenvolver as vagas afirmativas e exclusivas. Isso foi feito não somente por causa da lei de inclusão, mas para que a empresa realmente pudesse oferecer um local de trabalho inclusivo. 

 

Foram diversas as ações aplicadas em dois anos de projeto para que ocorresse a contratação de talentos com deficiência, muitas delas por meio de parcerias. Algumas delas são:  

 

  • • Contato com associações que prestam algum tipo de assistência para pessoas com deficiência para se aproximar desse público e entender suas necessidades. 
     
  • • Contato com ONGs, que têm o papel de estarem muito mais próximas de pessoas com vulnerabilidade social.  
     
  • • Parceria com o Meu Emprego Apoiado, no Estado de São Paulo, que está dentro de uma ação da Secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Eles têm uma ONG que oferece um banco de talentos com pessoas com deficiência. 
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  • • Participação em dois Feirões de Emprego na cidade de São Paulo. Foram mais de 100 pessoas que passaram no stand e se inscreveram no banco de talentos da Afya.  
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O papel da liderança na inclusão de pessoas com deficiência 

A Afya entende que seus líderes são os maiores agentes de transformação. Então, se eles não virem sentido e não assimilarem o que precisa ser feito, dificilmente é possível fazer as mudanças necessárias para que a empresa seja mais inclusiva.  

 

Por esse motivo, desde o lançamento do programa "Somos Plurais”, a companhia capacitou o time de gente e cuidou para que essa estratégia fosse aplicada juntamente com a de desenvolvimento de gestores. Também fez a criação de uma cartilha orientativa e um manual e de liderança inclusiva.  

 

Além disso, todos os treinamentos têm a questão de acessibilidade, principalmente os que são considerados como obrigatórios, seja para uma pessoa nova ou já colaboradora.  

 

O projeto de inclusão e diversidade da Afya iniciou-se com o pensamento de que as ações deveriam impactar os liderados e somente depois a liderança. Porém, na verdade, é extremamente importante que ocorra o incentivo dos gestores para que a estratégia seja colocada em prática.  

 

Em outras palavras, a participação dos líderes é essencial para promover um ambiente de trabalho que acolhe a todos, sem nenhum tipo de discriminação.  

 

Gostou do conteúdo? Clique no link a seguir e confira na íntegra a nossa edição do EdTerça sobre:  

Capacitismo: letramento e prática no Case da Afya!