A velocidade de mudança do mercado, novas competências e atividades surgindo e a necessidade de respostas rápidas para problemas, negócios e produtos não é novidade, não foi algo que nos alcançou junto com a covid-19. Esse movimento de adaptação constante e aprendizagem contínua é anterior e foi apenas acelerado com o cenário atual.
Acelerado como? As últimas barreiras que teimávamos em manter de pé, por antigos hábitos difíceis de mudar ou mesmo por questões de infraestrutura, investimento e pessoal deixaram de existir de um dia para o outro (ou foram MUITO minimizadas) para que os negócios pudessem continuar.
Grandes evoluções mundiais não acontecem na abundância, e sim na ausência, no GAP, na dificuldade. É assim que a humanidade caminha há séculos e foi assim que fomos empurrados para um salto de evolução em curtíssimo tempo. O tamanho do salto ainda não sabemos, mas esse movimento é que nos levará e já está levando ao Novo Normal.
O cenário que percebemos para a educação corporativa tem alguns caminhos, observados pela nossa consultoria e confirmados com notícias, algumas pesquisas, e dados anteriores. Mas, reforço que estamos em pleno voo e a direção pode mudar a qualquer tempo ou clima.
Neste período, as empresas que ainda não tinham nenhum projeto de educação digital, principalmente as pequenas que podia arcar com custos presenciais tiveram (ou ainda terão) que investir em soluções online para suprir necessidades funcionais e emocionais de seus colaboradores. Os programas foram estruturados e estão rodando a pleno vapor. Além disso, o hábito de aprender dessa forma está cada vez mais internalizado nas pessoas. Mais um motivo para seguir com os planos.
É um movimento sem retorno, como assistir Netflix, acessar banco online, pedir comida por aplicativo. A comodidade, relevância dos temas, planejamento pessoal e interação digital que foi potencializa no período reforça que as empresas precisarão ter programas de Educação Digital, porque as pessoas estão conectadas e isso não vai mudar.
A maior porcentagem de aprendizado continua sendo a prática, com outros ou sozinho. As pessoas precisam aplicar o que aprenderam, principalmente os adultos, para conectar com seus conhecimentos prévios e sua vida e, assim, gerar valor, sentido e significado. Isso não mudou. Logo, ampliar, reforçar e ressignificar conhecimentos funcionais é fundamental para atuar e a prática desses conhecimentos permite ao profissional se posicionar como relevante.
Porém, o Novo Normal apresenta a necessidade de ampliar, fortalecer e ressignificar habilidades comportamentais e emocionais, ainda mais do que antes. Nesse sentido a relevância de ter esses temas lado a lado com os funcionais (se não acima) é imprescindível para que os programas de formação tenham sucesso e os colaboradores estejam realmente preparados para entregar o que é esperado.
O novo normal potencializa e amplifica a necessidade de verdadeiramente atuarmos me rede, com foco na colaboração como principal ferramenta de construção e a comunicação como meio que viabiliza o todo.
Ou seja, no Novo Normal, não há mais espaço para ignorar as ferramentas simples de comunicação virtual, deixar de buscar formas eficientes de falar e, principalmente, ouvir os colegas e demais pessoas, se envolver nos processos de construção conjunta, entender que o sucesso de uma projeto é potencializado com a diversidade.
O Novo Normal está se construindo agora, enquanto nós mesmos estamos nos construindo e reconstruindo diante de mudanças, adaptações e desafios que abraçamos todos os dias.
Sentimos os impactos do momento de transformação em aspectos individuais diversos e nos coletivos, o que nos trás sensação de solidão, incerteza, dificuldade de prever o futuro, traçar caminhos e ver soluções.
O Novo Normal impacta a educação corporativa, que, neste momento, precisa atender igual e paralelamente aspectos funcionais (técnicos e operacionais), Emocionais (emocionais e comportamentais), aspiracionais (de vida e carreira) e sociais (da nossa comunicação e conexão com o outro para compor soluções).
Os programas de educação corporativa devem, preferencialmente, caminhas nessas quatro frentes para garantir que o colaborador tenha o mínimo de preparo, amparo e direcionamento a respeito do seu próprio potencial, o que, nos tempos de hoje, é o maior fator de engajamento.