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Educação corporativa e o setor de Tecnologia: o futuro das organizações - UOL EdTech

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Hoje, falar de Educação vai muito além dos espaços físicos das salas escolares e das universidades: atualmente a educação invadiu o meio corporativo e com certeza veio para ficar. E não foi por acaso. Este tipo de ensino tem sido cada vez mais comum graças aos ritmos acelerados das empresas e da necessidade de aprendizado e atualização. Mas, para implementar uma estratégia de educação corporativa é essencial entender seu cenário, planejar e definir objetivos que desejam ser alcançados através dela.

 

De acordo com a 12a edição do Panorama do Treinamento no Brasil (2018), nos Estados Unidos os colaboradores recebem 33 horas de treinamento anual. Já no Brasil, este número é de 21 horas. Os dados mostram que houve um avanço em relação à pesquisa realizada em 2015, que indicava que no Brasil esse número era ainda menor: apenas 16 horas. Em termos de investimento, as empresas norte-americanas também gastam mais: cerca de R$1.252,00 anuais para cada colaborador. No Brasil esse valor é de R$ 788,00, mesmo em empresas de grande porte.

 

Mas isso está mudando. Pesquisa realizada em 2016 pela Delloite mostrou que houve um aumento de 14% no número das universidades criadas por empresas em relação à edição da pesquisa de 2014. Um crescimento significativo que mostra que as organizações estão atentas à tendência.

 

Mas o que é essa Educação Corporativa?

 

De forma objetiva, Educação Corporativa significa alinhar os ensinos obtidos nas universidades à realidade das empresas. É transformar a teoria em prática. Em um contexto em que muitos chegam despreparados ao mercado de trabalho, devido à falta de oportunidades, a Educação Corporativa se mostra um caminho eficaz para ensinar/capacitar os colaboradores com conhecimentos específicos, de acordo com as necessidades das empresas e das áreas que irão atuar.

 

O resultado é notório. Companhias que investem nesse tipo de abordagem registraram um aumento de cerca de 218% na produtividade e nos resultados de seus funcionários e até 24% de margem de crescimento, segundo a Association for Talent Development (ATD).

 

Atualmente, algumas empresas de tecnologia se dedicam a desenvolver soluções para a educação como a principal ferramenta. Já outras podem se beneficiar desse modelo para solucionar o problema de falta de mão de obra especializada.

 

O mercado de Edtechs

Como o próprio nome já sugere, as Edtechs são startups que unem educação e tecnologia, desenvolvendo soluções para o setor com foco na reinvenção dos processos educacionais e digitalização do aprendizado por meio de softwares personalizados, plataformas online, gamificação, além de outras tecnologias.

 

Para se ter uma ideia, o relatório EdTechXGlobal aponta que esse mercado cresceu US$ 186 bilhões em 2019 e pode alcançar US$ 368 bilhões em 2025, mesmo com os impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19.

 

Um dos principais desafios das empresas de tecnologia, por outro lado, é a contratação de profissionais que atuam em diferentes funções dentro do setor. De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024 a busca por profissionais com habilidades digitais chegará a 70 mil por ano no país, mas o número de formados na área será de 46 mil. Então, por que não utilizar a Educação Corporativa para preparar essas pessoas?

Sobre isso, há diversas iniciativas de empresas e associações da área, como o Porto Digital, no Recife.

 

Na Procenge, por exemplo, contamos com programas destinados à formação de profissionais, como a Imersão em Angular, destinada estudantes e profissionais de TI que oferece curso de capacitação sobre a linguagem com bolsas de estudo, e a Formação de Consultores de Implantação, que prepara remotamente profissionais de diversas áreas para uma auxiliar clientes no uso das nossas soluções.

 

Além disso, a empresa oferece como benefício o incentivo a educação continuada para pós-graduação e o reembolso de certificação aos colaboradores que desejam expandir conhecimentos aplicáveis na rotina de trabalho. Outra frente é o Programa de Estágio realizado anualmente com foco no desenvolvimento e aproveitamento de talentos em formação.

 

Vantagens para o colaborador, benefícios para a empresa

A verdade é que a Educação Corporativa traz diversos ganhos para os colaboradores: valoriza as pessoas: o colaborador entende melhor sobre suas atividades; aumento no ritmo de aprendizado: consegue desenvolver mais rápido já que está aprendendo de forma prática; personalização: é possível criar aulas personalizadas, de acordo com o perfil do time; crescimento profissional: o colaborador passa almejar novos cargos e funções na empresa, sabendo que será capacitado e terá todo o apoio para galgar novas oportunidades; e desenvolvimento de novas habilidades profissionais.

 

Mas não é apenas o colaborador que ganha. Empresas são altamente beneficiadas com a adoção da Educação Corporativa. Entre os ganhos estão: colaboradores mais engajados; menor custo financeiro, já que ela irá formar e qualificar seus colaboradores; aumento da produtividade e redução de erros; potencialização da marca empregadora e a cultura educacional da empresa; redução do turnover; e melhora do clima organizacional.

 

As empresas perceberam que seu maior ativo está nas pessoas. Valorizar os profissionais que exercerão as tarefas também é investir no fluxo produtivo e na cultura da empresa e por isso, eles precisam ser bem-preparados. Podemos assim dizer que a Educação Corporativa consegue formar e desenvolver talentos humanos por meio da aprendizagem e gestão do conhecimento organizacional, impulsionando o crescimento da empresa como um todo e colaborando com a integração de pessoas ao mercado de trabalho.

Alexsandra Santos, Gerente UniProcenge/Procenge