Frente à necessidade de manter rendimento e facilitar processo de mudança, empresas empregam novas formas de melhorar feedback à distância
Chegando ao seu segundo ano, a pandemia, causada pelo vírus da Covid-19, já sinaliza a mudança permanente de certos aspectos da vida cotidiana. O home office, por exemplo, foi aderido por muitas empresas na busca por uma melhor gestão de crise, mas no momento é quase certo que permanecerá no modelo de trabalho de muitas empresas, mesmo após o fim da crise sanitária.
E, para prosseguir nesse modelo, gestores e lideranças variadas descobriram novas formas de fazer ajustes finos. Um dos aspectos que têm tido mais atenção é o feedback, ferramenta essencial no alcance de resultados.
No primeiro momento da pandemia e até mesmo nos tempos atuais, os trabalhadores, antes acostumados com escritórios, precisaram se adaptar a um novo ambiente e a separar a vida pessoal do trabalho, mesmo compartilhando o mesmo espaço para as duas coisas.
Os resultados variados desse processo poderiam ser inconsistentes e caóticos, mas muitas empresas já descobriram novas maneiras de fornecer o feedback necessário e da maneira correta para suavizar essa migração de um estado para outro.
Educação
Uma das ferramentas mais utilizadas foi o desenvolvimento de rotinas de treinamento voltadas para ensinar os colaboradores e gestores a darem o feedback de maneira mais natural.
É o caso da multinacional L’Oreal, que investiu em aumentar as conversas e reuniões, a fim de compensar a falta de contato diário entre as equipes, promovendo uma melhora significativa no aspecto humano do processo.
Engajamento
Essa mudança, também seguida por outras grandes empresas, é acompanhada de um estímulo à participação. Funcionários, sendo constantemente e transparentemente informados dos rumos da empresa e objetivos a curto e longo prazo, se sentem muito mais compelidos a participar.
Deixando os moldes tradicionais de avaliação remota anual, empresas como a Intel e o Bradesco geraram uma corrente de avaliações mais numerosas e constantes, que traz o senso de proximidade e participação.
Agindo como uma comunidade, toda empresa tem mais chances de se adaptar ao novo formato e garantir a evolução dos seus colaboradores.
Empatia
E, acima de tudo, a compreensão das dificuldades desse momento de transição é um dos fatores que geraram mais ações significativas.
O oferecimento de benefícios, como equipamento adequado, reembolso para gastos com internet e administração da vida cotidiana, diminuição do tempo de certas reuniões e fornecimento de horas para folga e compromissos como a vacinação, aumenta o bem-estar dos colaboradores, o que contribui para um engajamento ainda maior.
São muitos os benefícios do home office, e o que não pode faltar são condições para a sua prática saudável. Afinal, segundo levantamento feito pela plataforma Kenoby – que colabora com a noção dada a partir de outras pesquisas –, 90% dos profissionais acreditam que o home office é o futuro do trabalho em escritório.
Além de tudo, os colaboradores de empresas como a L’Oreal também se habituaram a avaliar uns aos outros, tornando as equipes ainda mais esclarecidas de seus objetivos e cientes da capacidade de seus membros.
A empresa, como outras, também utilizou soluções tecnológicas para além das reuniões virtuais, criando uma plataforma integrada, chamada Feedback App, onde os colaboradores podem procurar o feedback de diferentes colegas de trabalho.
Sendo aplicado entre recém-formados em curso de farmácia e até equipes de administração veteranas em fintechs, o feedback é uma ferramenta universal e essencial em todo meio profissional. Falando das muitas empresas adeptas do home office, não é de se admirar que tanto esforço tenha sido colocado na tarefa de desenvolver um feedback à distância eficiente.