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Infoxicação: nem sempre mais é melhor - UOL EdTech

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Ainda que o livre acesso a um universo de dados pela internet possa ser considerado um marco na história da humanidade, seu consumo em excesso e sem filtros tende a se converter em um problema, principalmente quando pensamos em processos de tomada de decisão.

 

Ao considerarmos todo esse turbilhão informacional que nos chega a cada dia por meio de SPAMs, pop-ups em sites ou como retorno de nossas buscas no Google, ficamos expostos a consumir muito “joio” junto com o “trigo”, fazendo com que nosso foco possa estar ancorado em informações contraditórias, inúteis ou incompletas.

 

Um exemplo: ao se decidir por um destino de férias, normalmente pesquisamos um pouco sobre o local que iremos visitar: pontos turísticos, restaurantes, como chegar etc. Porém, com a avalanche de informações disponibilizadas na rede atualmente, é bem provável que essa pesquisa traga dados muito positivos na mesma proporção que muito negativos. E aí? Como tomar alguma decisão nesse cenário? Mantamos a viagem ou procuramos outro destino? Em que fonte confiar?

 

Outro sintoma claro de que se está padecendo de um quadro de infoxicação é quando permanecemos apenas na superfície da maioria dos assuntos. Isso acontece porque quando “infoxicados”, perdemos a capacidade de se nos aprofundar ou fazer as conexões necessárias para um bom entendimento devido ao excesso de dados sobre a mesa (alguns, inclusive, de procedência nada confiável).

 

As pessoas mais propensas a sofrer desse mal são aquelas que acreditam que quanto mais inputs se tenha sobre algo, mais bem informadas estarão. Mas isso não é mais totalmente verdade hoje em dia: muito mais relevante do a quantidade daquilo que se lê/ouve/assiste é a sua qualidade verificada. Desse modo, quem faz esse tipo de confusão entre quantidade e qualidade acaba limitando sua capacidade de realmente compreender. Em outras palavras, as pessoas nunca consumiram tanta informação, mas compreenderam tão pouco.

 

Qualquer tomada de decisão requer a capacidade de distinguir entre a atitude efetivamente mais indicada, a que parece assim ser e a que definitivamente não é – porém, quadros de sobrecarga informacional podem impedir com que processemos rapidamente as informações necessárias para fazer essa distinção pois, para isso, é preciso termos realmente dominado o tema em questão.

 

Não é fácil combater essa enfermidade digital ou estar completamente imune a ela, mas uma das indicações mais seguras nesse sentido é simplificar. Nesse contexto, isso significa:

 

  • buscar fontes confiáveis

     – elas não precisam ser muitas. Aqui, o importante é se apoiar nelas sempre que precisar de algum dado ou informação relevante;
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  • não confundir profundidade com complexidade 

  • – cada vez mais encontramos como direcionador de grandes gurus e experts a máxima de easy to read, easy to understand (fácil de ler, fácil de entender) quando produzem seus materiais para o grande público;
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  • use e abuse de ferramentas como bloqueadores de pop up e de SPAMs 

  • – não se deixe afetar por aquilo que não pediu para receber.
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Tanto no mundo online quanto no offline, nenhum excesso é positivo. Por isso, esteja sempre antenado, mas consuma informação com moderação para obter os melhores resultados.