Quando falamos em liderança, muita coisa ainda fica nebulosa no meio do caminho. Afinal crescemos aprendendo e internalizando estruturas hierárquicas verticais. Mas existem diversos tipos de liderança cada vez mais claros e que em nada tem a ver com desempenhar uma posição superior a outra. O papel do líder deixa, cada vez mais, de ser do chefe e passa a ser de quem tem a tomada de decisão, ou a influência para que alguma coisa aconteça. A gestão ganha, com isso, um par de braços extremamente envolvidos e tempo para focar seus resultados.
Se você leu o texto sobre gestão de singularidade, já sabe que gerir as características únicas dentre um grupo pessoas é o segredo do sucesso de toda equipe. Assim como em times desportivos, as equipes atuais são multidisciplinares e alcançam melhores resultados quando cada membro está desempenhando ao máximo de suas principais capacidades.
Se falamos que a capacidade de liderança pode ser desenvolvida, entendemos que liderança é um conjunto de habilidades como influência, empatia, tomada de decisão, visão e objetivos bem definidos. E quando falamos em gestão, estamos falando em dados, processos e recursos utilizados para o alcance desses objetivos. Então a liderança são as habilidades que um profissional – de gestão ou não – precisa ter para ascender em sua carreira.
Desde “O Príncipe”, de Maquiavel, discutimos três grandes formatos de liderança: a liderança autocrática, a liderança democrática e a liderança liberal. No primeiro o líder é o único tomador de decisão, enquanto seus liderados são responsáveis por executar as ordens dadas a partir do processo decisório. No segundo o líder abre espaço para que seus liderados debatam e a decisão é tomada em consenso. Dessa forma, todos os envolvidos no processo saem mais motivados por terem seus pontos ouvidos e a decisão é tomada coletivo. E na última, o líder dá autonomia para que cada membro de sua equipe tome suas próprias decisões e aja de acordo com seus interesses.
Os três tipos de liderança mapeados pelo filósofo têm suas vantagens e desvantagens. A liderança autocrática vem com o ônus da responsabilidade única: se a equipe falhar, quem falhou foi o líder em seus direcionamentos. A liderança democrática vem com o ônus do atraso: decisões conjuntas exigem mais deliberação, o que pode ocasionar na perda de tempo. E, por fim, a liderança liberal elimina o objetivo comum, o que faz com que as tomadas de decisão são baseadas em interesses individuais.
Em geral, independente do tipo de liderança que se assuma, o gestor precisa ser dotado de algumas habilidades já citadas: pensamento estratégico, empatia, influência, autoridade e, principalmente, bom senso. Assim ele é capaz de agir de maneira ética com todos a fim de alcançar seus resultados e extraíndo de seus liderados o que cada um tem de melhor.