Métricas e Anaytics é um assunto extremamente importante e que deve estar presente nos setores de qualquer empresa, inclusive, no de Recursos Humanos, especialmente quando se trata de Treinamento e Desenvolvimento (T&D).
Entretanto, embora os profissionais de T&D tenham compreensão sobre o assunto e entendam a sua importância, é comum que existam muitas dúvidas relacionadas à aplicação de análises na prática.
Afinal, quais dados realmente devem ser analisados? Quais deles devem ser observados para que ocorra o engajamento das equipes em T&D? E como mostrar valor ao apresentar as informações?
Se você também tem essas ou alguma outra dúvida sobre análises de dados no treinamento e desenvolvimento de pessoas, confira a seguir o resumo do EdTerça, evento online e gratuito do UOL EdTech, sobre: Métricas e Analytics na prática! Engajamento em educação corporativa.
Boa leitura!
Geralmente, as organizações são confiantes ao executar programas de treinamento e desenvolvimento. Porém, quando o assunto é Métricas e Analytics, costumam enfrentar muitos obstáculos.
Hoje, pensando em como o mercado olha para métricas, é muito fácil acreditarmos que um determinado dado diz tudo o que precisamos saber sobre a empresa. É muito fácil simplesmente pegar uma informação como, por exemplo, presenças em treinamentos, e achar que isso denota alguma coisa sobre o programa educacional.
Entretanto, não basta apenas ter acesso aos dados, é necessário entendê-los e saber quais decisões tomar baseadas nas suas análises.
Mas, afinal, o que é uma boa métrica?
Uma boa métrica é aquela que nos ajuda a tomar decisões, que apresenta um cenário do que está acontecendo e, com isso, podemos planejar e dar um próximo passo para que a Educação Corporativa seja mais eficiente e gere resultados para o negócio.
Vale destacar que o processo de T&D é contínuo. Logo, precisamos constantemente nos provocar sobre o que podemos fazer a seguir.
Até porque, se formos parar para analisar, o fato de várias pessoas participarem de um curso não entrega tantas informações relevantes, diz apenas que o treinamento foi realizado por diversos colaboradores.
Então, uma boa métrica é aquela que dá indícios de como evoluir o programa. São métricas acionáveis, ou seja, que geram ações.
Existem diversos tipos de métricas importantes para um RH estratégico. Entretanto, quando falamos de T&D, três delas se destacam:
A seguir, entenda melhor como cada uma delas funcionam e confira alguns exemplos de dados que você pode acompanhar na sua empresa.
Métricas de controle são importantes quando precisamos trazer uma informação à tona para que uma determinada ação seja liberada.
Por exemplo, para que algumas organizações operem, é necessário trazer indícios de que seus colaboradores passaram por determinados treinamentos de capacitação. Isso inclui mercados altamente regulados, como mercado financeiro, aviação e indústrias.
Então, as métricas de controle são muito diretas e denotam uma resposta em relação ao que a empresa pode fazer a seguir.
De certa forma, são os dados mais fáceis de serem capturados. No entanto, trazem alguns desafios, porque geralmente é necessário trazer uma qualidade de informação muita clara e correta.
Exemplos de métricas de controle:
No caso das métricas de engajamento, são utilizadas quando desejamos saber, de fato, o quanto o público está envolvido dentro dos programas. É importante deixar claro que esse tipo de dado também é desafiante, já que cada organização tem uma definição específica sobre o que é engajamento.
Em algumas companhias, ocorrem onboardings semanais com colaboradores. Nesse caso, é importante que exista um alto engajamento de novas pessoas.
Já em empresas maduras, no sentido de terem colaboradores atuando há muito tempo, engajamento pode ter outra faceta, pode ser sobre os usuários se conectarem a algum programa pelo menos uma vez por mês.
O mais importante a compreender sobre Métricas e Analytics é que a captura de dados funciona como se fosse uma fotografia. O que realmente pode trazer resultados para o negócio é a compreensão não somente do que está nessa fotografia, mas do que fazer com ela. Afinal, as informações que foram obtidas precisam dar insumos para a tomada de decisão.
Exemplos de métricas de engajamento:
Uma questão muito importante sobre as métricas de engajamento é que a liderança tem dois papéis essenciais para que ocorra o aumento da participação dos colaboradores em treinamentos.
O primeiro é que os líderes podem conduzir seus liderados em torno dos programas. O segundo é que eles podem levar insights para a equipe de T&D. Por exemplo, pode ser algo como “acho que esse tipo de conteúdo não faz mais sentido para o meu time, ele está com outras necessidades”.
Desse modo, é possível oferecer conteúdos personalizados e aumentar o engajamento. Não é um processo fácil de ser aplicado, mas é necessário olhar cada vez mais para essa questão.
É importante deixar claro que embora existam treinamentos com realização obrigatória, quanto mais você deixar os colaboradores livres para que façam os cursos que eles querem, mais simples pode ser fazer a relação entre o que a empresa precisa e o que o colaborador quer.
As métricas de aprendizado tentam inferir o quanto que uma pessoa sabe sobre um tema e o quanto que ela está apta para praticar o que aprendeu. Porém, essa é uma métrica complexa.
Outra questão crucial sobre métricas e analytics é que programas educacionais são cíclicos, ou seja, são contínuos.
Portanto, tão importante quanto achar caminhos para fazer análises relacionadas ao aprendizado, é olhar continuamente para a métrica e evolui-la.
Exemplos de métricas de aprendizado:
Hoje, existem diversas ferramentas desenvolvidas para Métricas e Analytics. Porém, mais importante do que acessar diferentes soluções para análise, é saber o que fazer com os dados que foram coletados.
Todo a questão de ser mais crítico e entender o público é uma parte extremamente necessária. No entanto, junto a isso, também existem processos que ajudam a ser criativo e tomar decisões mais estratégicas.
Os indicadores de treinamento são apenas uma parte do processo, e uma coisa que não podemos deixar acontecer é ter o medo de errar. Temos que testar e explorar, olhar para ciclos curtos para decidir estratégias e observar os resultados.
No final do dia, temos que conectar os dados de treinamento com o negócio, por exemplo, analisando o ROI de treinamento. Treinamento e Desenvolvimento, na essência, é a conexão entre o que o negócio precisa, com as demandas individuais dos colaboradores e como ambos se juntam para gerar valor.
Para alguns mercados, essa relação entre resultado e treinamento ocorre por razoes mais óbvias. Por exemplo, no caso de varejistas, é possível fazer alguns cruzamentos para enxergar que ensinar os colaboradores a venderem faz, de fato, gerar mais vendas.
Mais do que isso, é possível saber quem não está vendendo bem e proporcionar o treinamento adequado para mudar esse cenário.
No caso de um grupo de vendedores, ao aplicar um treinamento de vendas, antes do curso ser aplicado, é uma boa opção medir qual o faturamento gerado e, depois do treinamento, medir novamente os resultados.
Leia também: ROI de treinamento: o que é e como calcular em 5 passos
No final das contas, métricas por si só não quer dizer nada. As decisões que tomamos baseadas nas análises é que fazem a diferença para o negócio.
Portanto, é importante focar não somente em coletar informações, mas também identificar o que pode ser feito para obter melhores resultados, especialmente quando se trata de aumento de engajamento das equipes na realização dos treinamentos.
Tanto no presente quanto no futuro de T&D, é importante que tenhamos maior acesso aos dados, porém, sempre seguindo todos os cuidados necessários com a preservação de informações e segurança.
Leia também: Qual é a importância da LGPD para a área de T&D?
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EdTerça: Métricas e Anlytics na Prática! Engajamento em Educação Corporativa