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Nova liderança: equilíbrio entre humanização, dados e tecnologia

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Para influenciar positivamente e liderar as equipes rumo ao futuro do trabalho e do mercado, não basta conhecer as tendências, analisar os cenários possíveis e se atualizar quando aos novos modelos de negócio. Com o passar dos anos e com as mudanças velozes, um líder deve se reinventar, transformar sua atuação, abandonar paradigmas e

 

Esse movimento não é simples. Ao contrário, ele demanda esforço, dedicação e, o mais importante, querer. Sim, é preciso querer muito liderar pessoas a partir de agora. Nesse caso, querer é estar preparado para o diferente, o diverso e a flexibilidade, sabendo que o processo de mudança demanda energia e que o mais relevante é a experiência que adquirimos no caminho.

 

Pensado nesse grande desafio, seguem alguns dados de realidade necessários para “cair as fichas” e algumas dicas de prioridades que todos os líderes devem endereçar para fazer real diferença na jornada profissional de seus liderados.

 

LÍDERES POUCO PREPARADOS: A NOSSA REALIDADE

 

De acordo com estudo do Gartner sobre prioridades das lideranças para 2023, 28% dos líderes de nível médio não recebem o desenvolvimento de que precisam. Na opinião de 27% dos gestores de RH, o banco de talentos para a liderança não é diversificado, e 24% acham que a empresa não prepara os líderes para o futuro do trabalho. O fato de gestores operacionais não receberem o desenvolvimento de que precisam foi citado por 24% dos entrevistados e 22% citaram que os processos de gestão de sucessão não rendem os líderes certos no momento certo.

 

De acordo com os dados, é possível deduzir que o movimento das empresas em capacitar suas lideranças é oposto à necessidade de adaptação, recapacitação e formação dos líderes atuais perante o novo cenário mundial e novo perfil de colaboradores. Ou seja, a maior parte das empresas não está contribuindo para diminuir o GAP de atuação dos líderes, mas aumentando a dificuldade deles em se adaptar, mudar e gerar resultado sustentável para o negócio e as equipes. A realidade, que já era difícil historicamente, está se tornando cada vez mais desafiadora.

 

Nesse sentido, é fundamental que os líderes se coloquem em movimento para reforçar e desenvolver ainda mais sua capacidade de resiliência e adaptação. Esse será um diferencial cada vez mais desejado pelo mercado.

 

LIDERANÇA E TRABALHO HÍBRIDO: NÃO LUTE CONTRA O INEVITÁVEL

 

Mas nem tudo são espinhos. Uma nota sobre o estudo do Gartner na VocêRH evidencia que o trabalho híbrido é bem-visto pela liderança e que, ao contrário do que diz o boca-a-boca dos CEOs, tem muito melhor impacto na performance e entrega do querem admitir.

 

 

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(fonte: VocêRH)

 

Temos claramente um desafio grande de resgatar a nossa conexão humana no processo de trabalho (e fora dele).
Mas isso não está só na conta do trabalho híbrido. Outro estudo do Gartner sobre Futuro do trabalho revelou algumas tendências que conectam com o cenário das lideranças, como a erosão das habilidades sociais em toda a força de trabalho pós pandemia e a busca por candidatos não tradicionais para mitigar a escassez de talentos.

 

Sobre trabalho híbrido e flexibilidade, a única certeza que temos é que essa modalidade de trabalho está no topo da lista de exigências e necessidades dos colaboradores, de todas as gerações, em todos os estudos e pesquisas realizados na atualidade. Nosso papel é preparar nossas lideranças para fazer gestão de times híbridos, acompanhar resultados a distância, integrar pessoas geograficamente distribuídas. Mesmo que sua organização não opera assim hoje, ela fatalmente vai operar assim em pouco tempo ou perderá mercado. Você também pode ler mais sobre os estudo citados no Gartner ou na Harvard Business Review.

 

HUMANIZAÇÃO DAS LIDERANÇAS PASSOU A SER EXIGÊNCIA DOS COLABORADORES

 

Por outro lado, os campos de oportunidades, representados por confiança, bem-estar e produtividade tem índices altíssimos, o que reforça ainda mais a necessidade de humanização na relação líder-liderado. A nova dinâmica no local de trabalho conduz os líderes a exercer uma liderança centrada no ser humano, definida como autêntica, empática e flexível. Essas características aparecem em estudos anteriores como qualidades desejáveis, mas, agora, os colaboradores as exigem como atitudes de seus líderes o que as eleva ao patamar de obrigatórias para equipes de alta-performance.

 

A realidade, nesse caso, é paradoxal porque, ao mesmo tempo que a chave para a humanização é a transparência e vulnerabilidade, fomos ensinados e formatados a deixar o “eu pessoal” fora do trabalho. Essa realidade, pensar de ser velada, ainda ocupa o imaginário da maioria dos líderes que, ao tentar corresponder a expectativas da alta liderança conservadora, replica um modelo mental antigo para os colaboradores. Bem, a resposta será cada vez menor e menos engajada.

 

Então, mudar o paradigma dos líderes é fundamental para ter resultado nesse novo mercado reconfigurado. Para isso, precisamos fortalecer os aspectos emocionais das lideranças e abrir espaço seguro para vulnerabilidade e transparência. 

 

LIDERANÇA ORIENTADA A DADOS: APOIO PARA TOMADAS DE DECISÕES RÁPIDAS EM MEIO A MUDANÇAS ACELERADAS

 

E onde entram os dados na realidade das lideranças? Em rápida retomada de tudo o que abordamos aqui, os desafios da liderança estão crescendo a cada dia, diretamente proporcionais aos GAPs que a nova realidade impõe. Em contrapartida, as empresas e alta liderança pouco estão conseguindo (ou querendo) minimizar esses GAPs, presos a premissas e mindset que não mais funcionam no mundo do trabalho atual.

 

Sendo assim, vemos líderes cada vez menos preparados e com maiores desafios; uma força de trabalho que exige liderança humanizada, confiança, flexibilidade e personalização da relação; performance e bem-estar maiores com o trabalho híbrido versus o desafio de reconectar as pessoas, onde quer que elas estejam.

 

O único caminho possível para equilibrar tudo isso é capacitar a liderança para lidar com o fator humanizado e analisar dados. Sem data analytics e people analytics será praticamente impossível acompanhar a mudança, gerenciar as pessoas em novos modelos de trabalho (que ainda nem conhecemos) e apresentar resultado.

 

Sobre esse tema, o relatório Future of Jobs, publicado me maio de 2023 pelo Fórum Econômico Mundial, revela que a análise de big data é a terceira tecnologia mais provável para as empresas adotarem até 2027. Segundo o relatório, 80% das empresas planejam integrá-la mais profundamente em suas operações e 75% das empresas esperam integrar técnicas de IA, como aprendizado de máquina e redes neurais. Todas as camadas da organização precisam estar preparadas para essa nova onde de disrupção tecnológica, principalmente as lideranças, que deverão orquestrar equipe e tecnologia para uma sinfonia harmoniosa.

 

HABILIDADES ESSENCIAIS DA LIDERANÇA DO FUTURO: DAR FOCO NO QUÊ?

 

Cenários complexos e mudanças drásticas exigem movimentos rápidos e assertivos. Por isso, quais habilidades devem ser o foco dos líderes para 2027? Separamos algumas que podem servir de diretriz quando tudo ao nosso redor parece novo e desafiador.

 

1- Tenha foco e priorize a saúde mental das suas equipes

Envolva-se genuína e diretamente na promoção de um ambiente mentalmente saudável e produtivo para suas equipes.

 

2- Se prepare (de verdade) para a cultura do anywhere office, a despeito de falas retrógradas que você possa ouvir

Esteja preparado para gerenciar equipes que estão fisicamente distantes, com comunicação clara e transparente, estabelecendo metas e objetivos claros e promovendo a confiança mútua. A cultura do

Informação extra sobre liderança na atualidade.

 

  1. 3- Seja um líder autêntico
  2. Diz respeito a liderar com transparência e honestidade, admitindo falhas e construindo relações significativas com suas equipes. Essa forma desafiadora de liderar aumenta engajamento, produtividade e retém talentos comprovadamente.

 

  1. 4- Seja uma liderança orientada a dados
  2. Passa por conhecer ferramentas de análise de dados e assumir uma postura / conduta humana, mas pautada em fatos. Em breve, será a única maneira de tomar decisões rápidas e com menor margem para erros de estratégia.

 

  1. 5- Assuma protagonismo na experiência do seu colaborador
  2. O líder é o maior influenciador da percepção do colaborador sobre a empresa, o ambiente de trabalho e reconhecimento. É seu papel fazer com que os colaboradores se sim respeitados e valorizados. Da mesma maneira que é seu papel desenvolvê-los naquilo que precisam melhorar. Forneça feedbacks claros e construtivos, utilizando dados como exemplo para as mudanças de atitude e novas formas de fazer.

 

A capacitação nunca foi tão importante quanto agora, quando as mudanças aceleradas impactam a operação e as tomadas de decisão estratégica. Manter nossas equipes sempre atualizadas e preparadas para essa realidade é o diferencial competitivo que mantém as empresas no mercado.

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