Seu LMS funciona. Não é o software mais revolucionário já criado, mas ajuda a organizar e fornecer programas de treinamento relativamente bem.
Seu Sistema de Gerenciamento de Aprendizagem é um multitarefas talentoso. Ele acompanha o registro dos cursos, facilita a entrega de conteúdo e acompanha as metas de treinamento. Além disso, produz um conjunto de análises nas quais é possível avaliar seus objetivos de treinamento.
O problema é que as taxas de engajamento são baixas, os resultados são fracos e, para completar, não há uma maneira clara de melhorá-los. Dificilmente você consegue justificar os investimentos em T&D e as possibilidades de personalização de experiências, quando existem, são limitadas e presas a modelos pré-definidos.
Como reflexo dessas “incapacidades” do LMS, traz um cenário onde apenas 8% dos CEOs enxergam de forma positiva o impacto nos programas de T&D e somente 4% enxergam o ROI claro desses processos (Workplace Learning Report, Linkedin).
Para avançar na Educação Corporativa de forma sólida e estruturada, é preciso entender melhor os problemas que o sistema de gerenciamento de aprendizado não está resolvendo.
Continue lendo e descubra sobre o que eu estou falando.
“Se você acha que pode ou não, você está certo”. Essa citação de Henry Ford pode ter sido exaustivamente utilizada e orgulhosamente estampada em pôsteres inspiracionais e travesseiros de decoração em todo o mundo, mas a sua essência permanece verdadeira.
Crença é metade do jogo. Os programas de treinamento com grandes promessas falharam em fazer uma diferença real para a empresa e o colaborador. Eles não resolveram os problemas certos.
Os programas geralmente são criados “em um vácuo”, sem analisar as reais necessidades de treinamento, fazendo com que o T&D se torne apenas um “checkbox” na lista de tarefas dos colaboradores. Os materiais são obsoletos, os exemplos hipotéticos e a linguagem é seca e desinteressante.
Não é assim que inspiramos crenças. É preciso disponibilizar o conhecimento certo, para a pessoa certa, na hora certa.
O treinamento não pode ser uma via de mão única, onde nos limitamos a olhar para como a empresa e o colaborador podem contribuir para atingirem os objetivos traçados juntos. Temos que olhar para como a área de T&D pode alinhar as necessidades de empresa e colaborador, construindo ações baseadas em pilares sólidos que considerem esses dois atores.
Isso requer um nível de individualização, personalização de experiência e empoderamento do usuário que as plataformas atuais simplesmente não permitem.
O aprendizado está acontecendo em todo lugar e a todo momento.
Você pode ler um artigo enquanto espera na fila do supermercado. Você pode assistir a um vídeo enquanto estiver no metrô ou ouvir um podcast enquanto escreve um e-mail. Você pode até discutir uma situação desafiadora com um colega de trabalho mais experiente e examinar suas perspectivas sobre o assunto, aprendendo com essa situação.
Sua equipe está usando diferentes dispositivos e mídias para aprender e compartilhar conhecimento ao longo do dia. O aprendizado não se limita ao seu LMS, mas o seu LMS está longe de ser capaz de capturar esses aprendizados.
À medida que a tecnologia digital evolui e a maneira como nos desenvolvemos se torna mais móvel, é preciso de soluções que capturem esses conhecimentos ou corremos o risco de perdê-los para sempre.
A verdade é que os times de T&D nunca serão capazes de criar programas de treinamento sobre todos os assuntos que empresas e colaboradores precisam, mas eles devem ser capazes capturar, curar e distribuir os conhecimentos que os seus próprios especialistas produzem e compartilham.
Chamamos isso de construção colaborativa de conhecimento.
Sua empresa possui diferentes objetivos de T&D e diferentes públicos de treinamento, com necessidades e características de aprendizado totalmente distintas.
Esse é um cenário comum no dia-a-dia dos times de treinamento. Entretanto, a incapacidade dos Sistemas de Gerenciamento do Aprendizado (e até de alguns LXPs) de suportar a construção de multiexperiências, que se adequam a cada uma dessas necessidades, tem gerado um acúmulo de tecnologias para treinamento nas empresas. O que consequentemente acaba por tornar o processo muito complexo de gerenciar.
É provável que você lide com um LMS padrão, uma ou mais soluções para atender aos cenários de times específicos, uma ferramenta para comunicação dos treinamentos e alguma outra para rastreamento e geração de relatórios. No fim do dia, você tem várias tecnologias que não se integram e tornam impossível uma visão estratégica e unificada do T&D.
A tendência é que a medida que surgem necessidades ou novos recursos de aprendizagem (chatbots para treinamento, microlearning, gamification e outros), os times de T&D se vejam forçados a agregar uma outra ferramenta a sua pilha de tecnologias. Isso é insustentável em um longo prazo, pois torna o processo caro e ineficaz.
É preciso olhar de maneira mais estratégica para as ferramentas de T&D e encontrar uma solução escalável e funcional, que esteja preparada para lidar com diferentes experiências, conteúdos, interfaces ou metodologias de aprendizado e se integre com outras ferramentas, agregando dados e unificando os processos de Educação Corporativa.
Se o seu LMS não é capaz de lidar com todo o conhecimento e todas as experiências de aprendizado (atuais ou futuras) da sua empresa, ele não passa de uma armadilha para o acúmulo de tecnologias e uma hora, alguém vai dizer que está muito caro e não funciona. Acredite.
A frase acima pode parecer contraditória, mas é exatamente assim que a customização funciona nos Sistemas de Gerenciamento de Aprendizado. Os níveis de personalização que os LMSs, quando oferecidos, segue modelos prescritivos e pré-determinados.
É possível personalizar? Sim, mas apenas um grupo limitado de elementos.
Você pode, por exemplo, alterar pequenos detalhes no ambiente de consumo dos usuários, mas no fim das contas todos eles passarão pelas mesmas experiências de consumo dos conteúdos.
A verdade é que os sistemas de gerenciamento de aprendizado não te dão liberdade para escolher como construir e distribuir o conhecimento dentro da sua organização.
Essa “falsa personalização” é um dos fatores que contribui, fortemente, para o acúmulo de tecnologias que citamos anteriormente.
Seu LMS não te permite criar multiexperiências personalizadas dentro de uma mesma empresa. Por esse motivo, você se vê forçado a adquirir tecnologias complementares para atender suas necessidades.
Ainda sobre as experiências de aprendizado, vou repetir o que já dissemos várias vezes por aqui: NÃO EXISTE uma receita pronta para educação corporativa.
O que funciona para um time, empresa ou objetivo, pode não funcionar para o outro. Quantas vezes você lançou um programa de T&D, teve resultados ruins e simplesmente não soube explicar o porquê?
É preciso ter uma abordagem científica e iterativa dos processos de aprendizado. As experiências de educação corporativa PRECISAM ser testadas e melhoradas continuamente.
O ambiente de consumo de conteúdo X não funcionou? Construa um ambiente diferente e teste. Entregar conteúdo em uma interface web não deu certo? Que tal distribuir os materiais em um Chatbot no seu app ou nas plataformas de troca de mensagens que seu time já utiliza no dia-a-dia? O conteúdo Y não deu certo? Que tal mudarmos o formato?
Seu LMS não acredita nisso. Ele te dá uma interface web, um aplicativo e você precisa se virar para alcançar os resultados.
Essas e outras reflexões devem fazer parte do seu dia a dia como profissional de T&D. O mundo mudou e vai continuar mudando em uma velocidade extrema. O seu usuário está a poucos cliques de qualquer informação ou resposta que ele precisar. Se você quer gerar valor e resultados concretos, é preciso ir além do LMS e ter liberdade para construir suas próprias experiências de Educação Corporativa.
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