O boom do empreendedorismo e as cada vez mais rápidas mudanças do mercado fizeram surgir uma nova habilidade – a ownership, ou, em português, o sentimento de dono. Isso se dá também por conta da horizontalização das hierarquias. Quanto menos verticais são as empresas e seus processos, mais tomadores de decisão existem. Ownership também é uma forma de liderança; os projetos passam a ter um único ponto focal – o dono – e as equipes envolvidas reportam a essa pessoa.
Quando uma empresa é criada, seus propósitos e valores sempre estão ligados às mudanças que o fundador quer causar no mundo. Esse propósito é o sentimento de dono. Conforme a empresa vai crescendo no mercado, o dono passa a precisar de ajuda para ampliar a performance e aumentar sua gama e abrangência de negócios.
A ownership é, então, a gerência que uma pessoa tem sobre uma área, equipe ou, principalmente, um projeto. Esse formato de liderança garante protagonismo para as pessoas de uma equipe, tomada de decisão estratégica e engajamento. Não é possível ter sentimento de dono sem engajamento.
Profissionais donos de suas áreas de trabalho ou negócios, agem com autonomia e rapidez. Com a desburocratização dos processos decisórios, centralizar a liderança por grupos de trabalho, projetos ou outras formas que garantam essa autonomia fazem com que a empresa ganhe principalmente em agilidade de entregas.
A definição de um dono de projeto, grupo de trabalho ou área também é um excelente motivador e uma boa forma de desenvolver no profissional as habilidades de liderança, gestão de recursos, cronograma e entregáveis. É uma capacitação – ou reforço – de múltiplas habilidades, cada vez mais necessárias e cobradas no mercado de trabalho. O engajamento de profissionais donos de seus projetos pode exponencializar a capacidade produtiva deste profissional e sua equipe, o que garante bons resultados para a empresa.