Em nenhuma outra época o processo de mudança foi tão veloz como hoje, e a tendência indica que este ritmo não vai diminuir — pelo contrário. A renovação de habilidades é algo essencial não somente para hoje, mas para o futuro.
O fluxo de informação constante, ativado por inovações da era digital, obriga o mundo dos negócios a entender e responder cada vez mais rápido às mudanças, alterando a forma como as empresas operam e como o trabalho se configura. De fato, aprender rapidamente novas coisas de formas diferentes torna-se cada vez mais imprescindível no atual cenário.
Não é à toa que a famosa citação do futurista Alvin Toffler nunca esteve tão atual: “Os analfabetos do século 21 não vão ser aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não conseguem aprender, desaprender e reaprender.”
O ponto é que, para muita gente, experimentar novidades e se tornar um novato outra vez é algo bem desconfortável. Por outro lado, quem estiver mais aberto a renovar habilidades vai estar mais apto a operar seu desenvolvimento profissional daqui por diante.
Por isso é tão importante ter disponibilidade para se abrir para o novo — o que significa, entre outras coisas, ter maior consciência das próprias limitações de conhecimento e competências, ser mais curioso e ter mais tolerância com os próprios erros. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
“Desaprender” ou “reaprender” não quer dizer esquecer as coisas que aprendemos e aprendê-las de novo em algum momento de nossa vida.
De acordo com Ganessh Kumar, autor especialista em novas tecnologias, esses dois processos são fundamentais para aprendermos algo novo — além de estarem relacionados e em geral ocorrerem juntos. Para ele, “desaprender” acontece quando estamos abertos a novas perspectivas. E “reaprender” acontece quando aceitamos uma nova perspectiva sobre o que já conhecemos e apreciamos o que aprendemos a partir dessa perspectiva.
“Quando aprendermos algo pela primeira vez, nos concentramos em obter uma visão mais abrangente e abstrata do tema — tendemos a ignorar detalhes pequenos e importantes. No entanto, depois de aprender alguma coisa, se tivermos que discutir com amigos ou ensinar alguém ou tentar resumir o que aprendemos, começamos a perceber mínimos detalhes que antes, no momento da nossa aprendizagem, não havíamos nos dado conta”, explica.
Talvez por isso a ideia de que alguém só aprende algo quando é capaz de transmitir o que aprendeu aos outros seja bem conhecida. O filósofo romano Sêneca já dizia: “Enquanto ensinamos, aprendemos”.
Seguindo a mesma linha, a conceituada jornalista Annie Murphy Paul diz: “Faz tempo que as pessoas sabem que a melhor maneira de entender um conceito é explicá-lo a outra pessoa. Só que agora especialistas estão atualizando essa antiga sabedoria para projetar maneiras inovadoras para as pessoas se engajarem na aprendizagem”.
A boa notícia, como ressalta Kumar, é que “desaprender” e “reaprender” são aplicáveis a qualquer forma de conhecimento ou habilidade que adquirimos, não só em iniciativas formais de aprendizagem.
Nesse sentido, nosso desenvolvimento pode ser aprimorado (e compartilhado) dia a dia — o que é bem conveniente à realidade veloz e exponencial de hoje. Portanto, seu conselho para os novos tempos é: “Seja aberto a novas ideias. Aprenda, desaprenda e reaprenda continuamente”.
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Texto por Rodrigo de Godoy, Diretor de Arquitetura Educacional e Soluções Integradas do UOL EdTech.