Há alguns anos, a Inteligência Artificial vem ganhando espaço no mercado, mas o seu “boom” ocorreu no ano passado, com o ChatGPT, o que fez com que essa solução tecnológica esteja cada vez mais presente no dia a dia de muitas pessoas. Porém, você já se questionou sobre qual é a responsabilidade ética no uso da Inteligência Artificial?
Embora a utilização da IA generativa (aprende a partir de conteúdo que já existe para gerar novos conteúdos) esteja em crescimento e presente nas organizações, é importante que exista a reflexão sobre como utilizá-la de forma consciente e responsável. Entretanto, essa é uma discussão complexa.
De acordo com um report divulgado pela IBM (Institute for Business Value) sobre Ethics can’t be delegated (A Ética não pode ser delegada, em tradução livre), separamos alguns dados importantes sobre o assunto.
Confira as informações neste resumo do EdTerça, nosso evento online e gratuito, que contou com a participação de Katycia Nunes, Consultora de Soluções Educacionais no UOL EdTech, e Raiane Bechieli, Consultora de Arquitetura Educacional no UOL EdTech. Boa leitura!
Os valores humanos estão diretamente relacionados ao uso responsável da IA e cada caso de utilização dessa tecnologia traz seus próprios dilemas éticos. Afinal, cada empresa tem seus valores e cultura organizacional.
Em outras palavras, a utilização da Inteligência Artificial está relacionada aos princípios éticos dentro da sua organização. Logo, a determinação de diretrizes para o uso da IA generativa não é um assunto que o TI precisa resolver.
Na verdade, o ideal é que essa questão seja tratada pela liderança da companhia. Dito isso, aqui estão alguns pontos importantes que todo líder precisa saber e ações que precisa tomar em relação ao tema.
A responsabilidade ética no uso da Inteligência Artificial não pode ser delegada, e as organizações que avançam sem considerar as complexidades do assunto correm o risco de terem sua reputação prejudicada.
• Aqui estão alguns dados importantes sobre a utilização da IA nas organizações:
De modo geral, é necessário que as empresas coloquem as ações em prática. É extremamente importante não ignorar a ética no uso da IA para obter o crescimento da organização, aumentar a produtividade e alcançar melhores resultados.
O que os líderes precisam fazer para atingir esse objetivo:
• Embora ainda não existam leis relacionadas à responsabilidade ética no uso da Inteligência Artificial, é necessário que as conversas sobre o assunto aconteçam. Isso é importante para que exista um RH estratégico, que se antecipa ao que está acontecendo no mercado e promove ações eficientes dentro da empresa.
O uso responsável da IA tem relação direta à confiança dos clientes e ao sucesso do negócio. Em uma era de violações de dados e desconfiança, consumidores, funcionários e parceiros não são tolerantes com empresas que agem sem integridade.
Existe uma tendência onde profissionais estão valorizando empresas que são responsáveis e éticas, e isso também envolve a IA generativa.
Uma marca pode ser amplamente prejudicada quando não segue diretrizes éticas. Portanto, é necessário que as organizações não dependam de questões do mercado, como a definição de lei e posicionamento do governo sobre o uso da IA.
Conforme a empresa toma as ações necessárias em relação ao uso ético da IA, é importante que compartilhe as informações com os clientes e os colaboradores.
Além disso, também é deve colocar as pessoas em primeiro lugar. Uma das maneiras de fazer isso é oferecendo capacitação, por exemplo, com treinamentos sobre a Inteligência Artificial.
Outra questão essencial é ouvir as pessoas. Afinal, os colaboradores são clientes de outras empresas e têm opinião sobre o assunto. Ao serem escutados, eles sentem que fazem parte do negócio.
Aqui estão algumas ações importantes que todos os líderes devem fazer:
Os líderes empresariais de todo o mundo estão se sentindo pressionados a se prepararem, mas não sabem exatamente para o que estão se preparando.
Por esse motivo, é importante que eles não somente liderem a conversa interna na organização sobre o uso da IA, mas também busquem opiniões de especialistas do mercado.
Mesmo que ainda não exista uma legislação sobre a pauta, existe uma discussão no mercado sobre ela.
Ficar parado e esperar pode ser a pior decisão a tomar quando se trata de negócios. Isso porque, quem está utilizando a IA e definindo diretrizes para o seu uso, poderá sair na frente. Isso coloca a empresa como protagonista.
Entretanto, quanto de risco a organização está disposta a correr para ser pioneira no uso da IA e o quanto isso pode fazer com que ela se torne competitiva?
A pergunta acima serve como uma reflexão. Afinal, é muito melhor conhecermos a tecnologia e os seus limites para estabelecer padrões e sermos transparentes com os clientes e os colaboradores, mas isso deve ser feito de acordo com a visão organizacional da empresa.
Aposte na ética e na preparação regulatória para todos os investimentos em IA generativa e dados. Algumas ações importantes são:
Quanto mais tempo as organizações demorarem para definir diretrizes para o uso da IA, mais expostas estarão a cometer erros.
Para que os colaboradores sigam as diretrizes, os líderes precisam oferecer a orientação adequada. Mas, para que isso aconteça, é necessário que o RH defina com os seus superiores essa questão, já que uma das ações essenciais é oferecer treinamento e capacitação sobre o uso da Inteligência Artificial generativa.
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EdTerça: A responsabilidade ética no uso da Inteligência Artificial
Fonte: IBM (Institute for Business Value)