No dia 04/03 tivemos mais uma edição de sucesso do UOL EdTech Convida. O case apresentado foi o da Academia Aegea, com Danilo Olegário, gerente de educação corporativa, com mais de 17 anos de experiência nas áreas de educação e treinamento.
Danilo começa contando um pouco mais sobre a Aegea, uma empresa que atua em 126 municípios, com mais de cinco mil colaboradores. Por conta do crescimento acelerado da empresa, a área da educação é impulsionada. O propósito da Academia é movimentar vidas e ser um veículo de transformação da cultura de saneamento do Brasil.
Inspirado na teoria de Terra 1 e Terra 2, de Jorge Forbes, o gerente de educação fala sobre as mudanças de um mundo pós-pandemia. O mundo, que antes era linear, agora é desconexo. Antes tínhamos uma rotina definida, em que os planejamentos davam certo. Agora, a certeza é temporária, não sabemos o que pode acontecer no futuro.
Na virada de chave para o novo mundo, o primeiro desafio foi considerar a troca do presencial para o digital. Era preciso diminuir o distanciamento da comunicação, mesmo estando fisicamente separados. O segundo ponto foram as operações críticas, em que era necessário treinar pessoas para não parar a operação. O terceiro ponto é a redução orçamentária, já que em momentos de crise, é necessário gastar menos. É preciso fazer mais, com menos.
Um dos questionamentos que mais teve respostas foi “onde você costuma aprender?”. Diversas pessoas no chat relataram que usam redes sociais como Instagram, YouTube e a internet de forma geral para obter conhecimento. A informação está disponível e é muito maior que há 15, 20 anos atrás. O professor atualmente tem o papel de juntar as informações para estimular a inteligência e curiosidade das pessoas e transformar em conhecimento.
A estratégia da educação self-service, defendida pela Academia Aegea, é ter um “cardápio” para todos os gostos. Deixar a informação disponível para que o colaborador busque de acordo com suas necessidades da carreira, pessoais e a curiosidade.
Por saneamento ser um serviço essencial, a Aegea não poderia correr o risco de parar de fornecer seus serviços para aqueles que precisam. Por isso, os operadores que estavam na linha de frente começaram a gravar cada processo realizado por eles, compartilhando o conhecimento que já existia na casa. Eles editaram os processos, transformando em tutoriais.
Uma das premissas de educação self-service é simplificar o máximo possível. Danilo usa o exemplo do feijão com arroz, que é o básico. Depois disso, vai se incrementando, colocando outros elementos para dar opções para que as pessoas possam degustar mais. Porém, o simples funciona.
Mesmo sendo uma área que passou por diversas mudanças, os resultados foram significativos para a Academia Aegea. Em 2019, tiveram 125 mil horas de treinamento, enquanto em 2020, foram mais de 165 mil horas. 25% de diferença entre um ano e outro.
Em 2020, quase 114 mil cursos online foram concluídos pelos colaboradores da Aegea. Os acessos ao portal da academia cresceram 47% em relação ao ano anterior.
Com isso, a Aegea conseguiu o principal objetivo: não parar durante uma pandemia e atender a todos que precisavam de seus serviços.
Encerrando a apresentação incrível, Danilo compartilhou seis reflexões indispensáveis para prosperidade de um projeto de educação corporativa:
Para Danilo, você só prospera quando começa a incomodar outras pessoas. Se você está fazendo isso, está no caminho certo.