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Ascensão das metodologias ágeis: qual é o papel das ferramentas digitais de gestão dentro das empresas? - UOL EdTech

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41% dos líderes enxergam que Canvas é ferramenta mais promissora para ações efetivas dentro de companhias

 

Com a crescente mudança tecnológica nas empresas e indústrias, quem tinha mais afinidade com o digital saiu à frente. É o que mostra a pesquisa Tendências para Transformar Sua Empresa em 2020, produzida pela CI&T,  em parceria com a Opinion Box: quem domina ferramentas que valorizam metodologias ágeis teve destaque ao longo do ano.

 

Liderar processos já era uma atividade difícil antes da pandemia. Com a chegada dela e da quarentena, esse processo ficou ainda mais complexo: foi necessário encontrar maneiras de garantir a produtividade e a eficiência dos colaboradores, mesmo no trabalho remoto. Embora o estudo seja de 2019 – realizado entre os meses de novembro e dezembro –, é perceptível que a digitalização já estava dando sinais de avanço. E, no contexto da pandemia, essas ferramentas online que contribuem para o bom funcionamento e a organização do serviço entraram ainda mais em destaque.

 

“Não é uma receita de bolo, mas dá para dizer que o primeiro passo para implementar a cultura ágil é um trabalho de conscientização de que, para haver transformação digital, precisa ter transformação cultural”, destaca Victor Vidal, criador e coordenador dos cursos de metodologias ágeis da Impacta Tecnologia, em entrevista ao Estadão.

 

Ferramentas que agilizam e organizam processos empresariais

O estudo consultou 518 líderes de empresas médias e grandes e constatou que a maior parte dos entrevistados (41%) enxerga que a ferramenta de gerenciamento estratégico Canvas é a mais promissora para ações que, de fato, geram bons resultados. As demais ferramentas que chamaram a atenção quanto à eficiência foram o Design Thinking (40%) e os sprints de desenvolvimento (38%).

 

O estudo destaca que os tais recursos tecnológicos que aumentam a eficiência do trabalho e a produtividade dos colaboradores estão nos sistemas de gestão de dados (60%), softwares de gestão de tarefas (58%) e recursos para formação dos trabalhadores (56%). Com o trabalho remoto, isso ficou ainda mais evidente: sem a possibilidade de discussões presenciais, foram essas ferramentas que garantiram o bom andamento do trabalho.

 

“À medida em que se viram completamente ameaçadas, tendo de mudar a maneira como ofereciam seus serviços, as empresas começaram a entender que precisavam de uma saída para que eles fossem mais responsivos e acompanhassem a velocidade que o nosso mercado atual exige”, diz Marcelo Szuster, CEO da dti digital e apresentador do podcast Os Agilistas, também em entrevista ao Estadão.

 

Além disso, a pesquisa mostra que 86% dos líderes já consideravam uma boa experiência importante ao final de 2019 para seus colaboradores, algo que se perpetuou nos últimos dois anos. Ainda que a automação esteja conquistando seu espaço dentro das empresas, os humanos seguem insubstituíveis – 92% dos altos executivos acreditam que é fundamental investir em pessoas para o bom desempenho dos negócios.

 

Nota-se, com base nos dados do estudo, que cada vez mais a digitalização alcança as empresas e transforma seus processos para adequação ao mundo digital. Mas essa mudança não é ruim: muitos líderes afirmaram que a produtividade aumentou com a utilização desses recursos e a adaptação foi mais tranquila do que o esperado. Quanto aos novos colaboradores, a mudança veio nas novas exigências: as vagas de emprego estão cada vez mais focadas no digital.