Segundo o Ministério da Cidadania, capacitismo é o preconceito e a discriminação que uma pessoa com deficiência vive em sociedade. Isso ocorre devido a um pensamento preconceituoso de que alguém é incapaz ou inferior devido à sua deficiência.
Neste artigo, falamos sobre o caso de sucesso apresentado pela empresa Afya, cliente UOL EdTech, na edição do EdTerça sobre capacitismo. Continue a leitura e confira!
Com 4 anos de atuação no mercado, a Afya é uma empresa que atua como uma grande aliada para profissionais na área de medicina, sendo reconhecida como o maior hub de educação e soluções para médicos.
Há 2 anos, a organização passou por um reposicionamento de marca e, com isso, identificou que esse era o momento ideal para revisar sua cultura organizacional.
Junto da nova marca, a Afya lançou novos valores. A partir disso, ocorreu a compreensão que inclusão e diversidade não deve ser apenas um tema, mas, sim, estar presente no ambiente de trabalho. Por esse motivo, a companhia decidiu lançar um programa chamado “Somos Plurais”.
O projeto foi desenvolvido pensando nas mudanças que devem vir dos liderados para os líderes. Porém, se não houver uma agenda estratégica e o patrocínio da alta liderança e dos executivos, que precisam compreender a necessidade de mudar números e o processo cultural de uma sociedade preconceituosa, não é possível partir de algum lugar para promover a diferença.
Para conseguir isso, é necessário escutar com empatia quem tem lugar de fala e, de fato, desenvolver e aplicar ações eficientes para a inclusão de pessoas.
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Hoje, o grupo Afya conta com 290 profissionais com deficiência, sendo mais de 3% do total. É importante destacar que o projeto de inclusão e diversidade da empresa foca em diferentes grupos minoritários, sendo organizado da seguinte forma:
• Amigos inclusivos – Inclusão de Pessoas com Deficiência;
• Cores da Afya – LGBTQIAPN+;
• Agora é que são elas – Equidade de Gênero;
• Ubuntu - Étnico Racial.
Em dois anos de existência do programa, ocorreu a aplicação de mais de 15 treinamentos envolvendo toda a liderança e mais 5 capacitações realizadas para o time de Gente. Também foram contratados parceiros que são especialistas no assunto para fazer a criação do programa.
Porém, ainda tem muitas outras ações por vir, como:
Com o projeto de inclusão e diversidade pronto, foi necessário olhar para a prospecção de talentos. Afinal, era importante compreender diversas questões, por exemplo, se a comunicação estava sendo assertiva e inclusiva.
Portanto, a empresa analisou o processo de recrutamento desde o início, olhando para seus parceiros e suas demandas.
Hoje, o ATS (Application Tracking System, ou, Sistema de Rastreamento de Candidatos, em português) utilizado pela companhia tem a aplicação simplificada, o que ajuda as pessoas com deficiência.
O próximo passo foi desenvolver as vagas afirmativas e exclusivas. Isso foi feito não somente por causa da lei de inclusão, mas para que a empresa realmente pudesse oferecer um local de trabalho inclusivo.
Foram diversas as ações aplicadas em dois anos de projeto para que ocorresse a contratação de talentos com deficiência, muitas delas por meio de parcerias. Algumas delas são:
A Afya entende que seus líderes são os maiores agentes de transformação. Então, se eles não virem sentido e não assimilarem o que precisa ser feito, dificilmente é possível fazer as mudanças necessárias para que a empresa seja mais inclusiva.
Por esse motivo, desde o lançamento do programa "Somos Plurais”, a companhia capacitou o time de gente e cuidou para que essa estratégia fosse aplicada juntamente com a de desenvolvimento de gestores. Também fez a criação de uma cartilha orientativa e um manual e de liderança inclusiva.
Além disso, todos os treinamentos têm a questão de acessibilidade, principalmente os que são considerados como obrigatórios, seja para uma pessoa nova ou já colaboradora.
O projeto de inclusão e diversidade da Afya iniciou-se com o pensamento de que as ações deveriam impactar os liderados e somente depois a liderança. Porém, na verdade, é extremamente importante que ocorra o incentivo dos gestores para que a estratégia seja colocada em prática.
Em outras palavras, a participação dos líderes é essencial para promover um ambiente de trabalho que acolhe a todos, sem nenhum tipo de discriminação.
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Capacitismo: letramento e prática no Case da Afya!