Cultura Digital: tecnologia ou um novo mindset? - UOL EdTech
Desde que o ritmo das transformações tecnológicas intensificou a digitalização em todas as esferas, as empresas experimentam mudanças cada vez mais significativas e frequentes em seus modelos de negócios.
Competir num mercado em “ruptura digital” tem sido uma questão crucial para o sucesso na execução das estratégias.
Isso tem levado as organizações a repensar seus modelos de desenvolvimento incorporando os elementos determinantes da estrutura organizacional. Na medida em que as decisões de desenvolvimento e gestão de talentos considere esses componentes do contexto certamente ficarão mais propensas a desbloquear seu potencial no mundo digital.
Com base em estudo realizado por pesquisadores da SpencerStuart, devem ser levados em conta os seguintes aspectos para desenho da estratégia digital:
Falta de vocabulário comum
Quando pessoas de diferentes áreas da organização discursam sobre o “digital”, em geral estão se referindo a um conjunto heterogêneo de forças: o crescimento do e-commerce, a influência das mídias sociais, a promessa do Big data, a proliferação de dispositivos móveis, a nova realidade da segurança cibernética, o potencial da nuvem em termos de processamento e armazenamento — cada um dos quais com implicações diferentes para o negócio. A falta de um vocabulário comum entre os principais players em uma organização é muitas vezes um obstáculo para encontrar soluções e definir uma estratégia, prioridades e planos.
Tipo de impacto
Para algumas organizações, o impacto do digital pode ser focado e restrito enquanto para outras, as forças digitais podem representar uma ruptura importante no modelo de negócio. E há ainda aquelas em que o digital pode significar uma enorme oportunidade para ganhar eficiência e economia.
Outros fatores essenciais
Ao implementar planos digitais, as empresas muitas vezes ignoram a importância de uma ampla gama de outras questões que impactam o sucesso de iniciativas digitais, tais como o grau de sofisticação atual da tecnologia dentro da organização, a dinâmica cultural, a velocidade e a transparência do processo de tomada de decisão e a disponibilidade de talento.
Passar para uma arquitetura organizacional digital normalmente não é intuitivo. O fato é que não há mais uma única resposta certade como se organizar para o digital: a abordagem correta será sempre específica para cada negócio, levando em conta quais plataformas digitais deve priorizar, qual nível de prontidão para a mudança e qual estratégia vai nortear o progresso digital do negócio.
Para orientar a criação de modelos digitais funcionais e alavancar a eficiência operacional recentemente, o World Economic Forum listou um conjunto de capacidades fundamentais:
- Perceba e traduza a disrupção: Olhe além do seu próprio mercado / segmento. Esteja preparado para deixar mais indistintas as linhas entre os mundos físico e digital.
- Tente desenvolver e lançar ideias mais rapidamente: Pare de pensar só em inovação e procure, em vez disso, resolver os problemas dos clientes/consumidores. Desenvolva plataformas para experimentações rápidas e mais baratas. Descubra ou crie o empreendimento que mais poderia causar ruptura à sua empresa.
- Compreenda e potencialize dados: Organize eventos de dados. Encontre novas formas de rentabilizar dados. Crie uma equipe de análise. Pense além do big data para considerar diferentes tipos de informações.
- Crie e mantenha uma equipe com alto quociente digital: Seja honesto sobre quão digitalmente “letrados” são os líderes e a força de trabalho da empresa. Crie ambientes digitais de aprendizagem para renovar habilidades dos colaboradores.
- Busque parcerias (e invista) para todas as atividades não essenciais: Uma das características de líderes digitais eficazes é sua compreensão intuitiva de que essa jornada não deve ser feita isoladamente.
- Organize-se para a velocidade: Garanta o apoio da alta liderança e o comprometimento de toda a empresa para conduzir o crescimento digital, com o respaldo de colaboradores digitalmente capacitados.
- Projete uma experiência digital prazerosa: A experiência do usuário impulsiona arquiteturas de TI, e não vice-versa. O sucesso em adotar novas tecnologias e integrá-las nas operações de uma empresa tem o potencial de trazer ganhos em eficiência.