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Desafios do trabalho futuro: estar preparado desde agora é a chave

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De acordo com James Manyika e Kevin Sneader, da McKinsey, a combinação de funções vai mudar, assim como as habilidades e requisitos de desenvolvimento profissional. Segundo suas pesquisas, o trabalho vai precisar ser remodelado para garantir que os humanos trabalhem lado a lado com as máquinas de maneira mais eficaz.

 

“Mesmo com a automação, haverá trabalho para todos no futuro. Mas vai ser um trabalho diferente, exigindo novas habilidades e uma adaptabilidade muito maior da força de trabalho do que já observamos até hoje. Por isso, será imperativo treinar e retreinar tanto profissionais em meio de carreira, como as novas gerações para os próximos desafios”, resumem os especialistas.

 

Veja a seguir as principais transições identificadas pela McKinsey:

 

Quase a metade das atividades podem ser automatizadas

Quase todas as ocupações vão ser afetadas pela automação, mas só cerca de 5% podem ser totalmente automatizadas pelas tecnologias atuais. Além disso, certas funções são mais facilmente automatizáveis do que outras. Isso inclui atividades físicas em ambientes altamente previsíveis e estruturados. As categorias menos suscetíveis incluem gestão de pessoas, interface com stakeholders e expertise. Outra descoberta é que cerca de 30% do que se realiza em uma função pode ser automatizado em 60% de todas as ocupações. Isso significa que a maioria dos profissionais vai trabalhar lado a lado com máquinas em rápida evolução.

 

Trabalhos serão extintos

Cerca de 15% da força de trabalho global, ou 400 milhões de trabalhadores, podem ser substituídos pela automação até 2030.

 

Novos trabalhos serão criados

Mesmo com muitos profissionais sendo substituídos pela automação, no geral, haverá crescimento na demanda por trabalho e, consequentemente, empregos. Em áreas como infraestrutura, energia e tecnologia, está prevista uma demanda adicional de mão-de-obra entre 21% e 33% da força de trabalho global (entre 555 e 890 milhões) até 2030, mais do que o número de trabalhos que vão desaparecer.

 

  • Os trabalhos vão mudar
  • Mais do que ser extintos ou criados, os trabalhos vão mudar à medida que as máquinas passem a complementar o trabalho humano, como no caso de diagnósticos médicos ou tarefas repetitivas, por exemplo. Na Amazon, por exemplo, colaboradores que antes levantavam e empilhavam objetos tornaram-se operadores de robôs, monitorando os braços automatizados e resolvendo problemas de interrupção no fluxo de objetos.

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  • Necessidade de habilidades diferentes para progredir no futuro
  • A automação vai acelerar a mudança de habilidades exigidas no trabalho. A procura por skills tecnológicas avançadas, como programação, vai crescer rapidamente. As cognitivas, sociais e emocionais (mais difíceis de automatizar), como criatividade e pensamento crítico, também vão ser mais requisitadas. E a demanda por habilidades físicas e manuais tende a diminuir.

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  • Maior convívio entre homens e máquinas

À medida que máquinas e softwares inteligentes fiquem mais integrados no local de trabalho, formas de trabalhar e ambientes vão continuar a evoluir para permitir que humanos e máquinas trabalhem juntos.

Como diz o dito popular, nada se cria, tudo se transforma. Hoje, talvez mais do que nunca, precisamos estar preparados para encarar esse "admirável mundo novo" de frente e sermos protagonistas na construção desse futuro do qual seremos parte.