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O que é e como ter uma cultura data driven? - UOL EdTech

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O que as startups aprenderam com a cultura das gigantes de tecnologia é o olhar para os dados que a empresa recebe, gera e armazena. Conforme caminhamos para um futuro cada vez mais digital, passa a ser mandatório que as organizações e os profissionais tenham mais acesso às informações que os dados apresentam, afinal não é de hoje que dados são o novo petróleo. As culturas data driven, como a Netflix ou a Amazon, utilizam os dados captados de seus clientes para todas as tomadas de decisão.


Mas existe um longo caminho de inovação e adaptação que as organizações precisam passar até se tornarem guiadas pelos dados existentes. E se você quer saber por onde começar, veio ao lugar certo.


Te dou um dado?

 

Se você ainda não leu o artigo sobre transformação digital, eu recomendo fortemente que leia primeiro. Nele, explico como a produção de dados por pessoal cresceu desde a popularização da internet comercial.


Se você já leu, é daqui que a gente parte. Cada like que damos numa rede social, cada tempo com uma janela aberta no navegador, cada movimento do mouse ou scroll na tela do tablet ou smartphone é um dado que estamos criando e fornecendo para a world wide web – ou a internet, esse gigantesco banco de dados.


E as gigantes que foram nascendo nesse mundo, como Facebook, Amazon, eBay e Google passaram a usar essa produção de dados para alavancar seus negócios. E foi assim que a internet aprendeu quando você está mais predisposto a fazer uma compra, uma viagem, ou precisar de um médico antes de você saber.

 

Uso corporativo de dados, Marco Civil, GDPR e LGPD

 

As gigantes fizeram muito para a popularização do uso de dados para a tomada de decisão dentro das organizações, mas isso veio junto com outras questões. A principal delas é como garantir a segurança e a privacidade dos dados de uma pessoa ou empresa?


O Marco Civil da Internet foi o primeiro passo do governo brasileiro em direção à proteção de dados.
Escândalos de invasão, divulgação indevida ou exposição de dados como foram as Wikileaks, Panamá Papers ou Cambridge Analytica levantaram a bola da necessidade de legislações específicas para a proteção de dados, como é o caso da GDPR na União Europeia, ou da Lei Geral de Proteção de Dados brasileira, que ainda não passou a vigorar.

 

E a cultura de dados, como fica?

 

A gente começou essa conversa falando sobre a importância dos dados para as organizações. Mais do que impulsionar negócios, o uso de dados para a tomada de decisão obriga a organização a tomar algumas medidas – como mapear os dados existentes, o tipo de coleta, descarte e análises que serão feitas em cima desses dados e mostra também a maturidade digital da organização.


Quanto mais digital first uma empresa uma empresa é, mais data driven ela tende a ser. E é aí que as startups saem em vantagem, pois são negócios que já nascem com esse olhar para dados antes da tomada de decisão. Mas exigem outros estágios de maturidade de dados.


Antes que você pense, porém, que lidar com dados é trabalho exclusivo para áreas e profissionais de Business Intelligence, User Experience ou Data Analytics, saiba que é aí que mora o primeiro erro. Um documento de texto, uma imagem, uma planilha, tudo são dados. E todos os dados carregam informação.

 

Maturidade digital na cultura de dados

 

O processo de amadurecimento digital na cultura de dados passa a acontecer, por exemplo, quando usamos um relatório para documentar e/ou explicar um fenômeno passado. Ou quando prevemos o volume de novos negócios para o ano seguinte com base em históricos anteriores. Essas decisões podem ser consideradas data informed, que em bom português, significa baseada em dados. E esse é o primeiro estágio da cultura de dados de uma organização.


A segunda etapa da maturidade de uma cultura de dados tem a ver com usar os dados disponíveis para prever novos cenários, como são casos de audiência. Nesse estágio, é preciso que a empresa tenha sim profissionais voltados para a tradução dos problemas de negócio para as respostas que os dados podem oferecer. A isso, chamamos de data literacy.


E o estágio mais avançado de uma cultura de dados faz com que o algoritmo de análise tenha autonomia para tomar decisões, como o sistema de recomendações da Netflix faz, por exemplo. E é isso que faz uma cultura ser data driven – os algoritmos utilizados para análise estão afinados a ponto de indicarem as melhores decisões com base no perfil do usuário.


O caminho para uma cultura data driven é longo, mas é também sem volta, uma vez que os negócios ficam mais escaláveis, inteligentes e previsíveis ao longo do tempo.



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