Em um levantamento feito pela ABMEN com usuários do LinkedIn, o número de profissionais que declararam realizar algum tipo de mentoria nos negócios subiu de 8 mil para mais de 35 mil entre 2016 e 2020, uma média de crescimento de 19,5% ao ano.
Essa mudança não é por acaso. Muitas empresas que adotam o modelo 70:20:10 de aprendizagem ainda reclamam da ineficiência desta estratégia. Mas isso justamente porque elas só direcionam os seus programas de educação corporativa em cursos.
O método 70:20:10 prevê que 70% dos esforços para desenvolver pessoas devem vir de experiências próprias, 20% do aprendizado com os outros e 10% por meio de cursos. Por isso, a ideia de fazer a mentoria de profissionais por meio de alguém mais experiente na área pode ser ideal para atender aos 20% que geralmente são os mais carentes no modelo.
Neste artigo, explicaremos o que é mentoria e como essa dinâmica auxilia no desenvolvimento dos colaboradores.
O processo de mentoria pode ser entendido como um meio de otimizar o desenvolvimento de carreira através do acompanhamento de um profissional experiente ou especialista na área de atuação do mentorado.
O perfil do mentor é de alguém sênior na função ou em algum tema específico, enquanto o mentorado é um iniciante que precisa aprimorar seus domínios, habilidades e conhecimentos.
Para que o mentorado possa crescer profissionalmente e atingir seus objetivos, o mentor presta auxílio no planejamento, na execução e no entendimento de suas atribuições, compartilhando os conhecimentos que o tornam referência no segmento em que trabalha.
O grande diferencial dessa relação é que ela permite desenvolver pessoas em um nível mais individualizado, por meio de uma relação próxima e que é capaz de reconhecer habilidades ou necessidades que, em alguns momentos, não seriam percebidas no dia a dia ou nos programas de treinamento e desenvolvimento (T&D) ativos até então.
Há ainda a possibilidade de realizar a mentoria em equipes, quando diversos profissionais realizam o processo de mentorização em um grupo focado em objetivos comuns, auxiliando uns aos outros na construção de seus conhecimentos e na superação de seus desafios.
Para que os processos de mentoria realmente tenham impactos sobre o desenvolvimento de equipes, é fundamental que a prática gere engajamento entre os participantes e a relação entre mentores e mentorados flua de maneira a favorecer a absorção dos conhecimentos e a troca de experiências. Confira algumas dicas para que isso seja possível:
O papel do mentor é justamente compartilhar suas vivências e saberes, funcionando como um “atalho” para que o mentorado não repita os mesmos erros cometidos por ele no passado ou carregue vícios que possam atrapalhar seu desempenho profissional.
É fundamental portanto que o orientador seja aberto, saiba dialogar com clareza e nem reserve nenhum conhecimento para si. Outro ponto importante é ter jogo de cintura, já que eventuais correções, mudanças ou “puxões de orelha” podem acabar esbarrando no ego dos colaboradores.
Por falar no ego dos profissionais, não há possibilidades para que ele exista em um processo de mentoria. Antes de tudo, você precisa conscientizar os colaboradores sobre a importância do programa e prepará-los para receber críticas, feedbacks e novas percepções sobre seus trabalhos.
Mesmo que seja difícil admitir erros ou alterar certos padrões nas áreas em que atuamos, isso deve estar claro entre os participantes para que tudo o que o mentor compartilhar seja absorvido e para que seja possível transformar aprendizado em performance, não em conflitos.
Os profissionais só vão se sentir à vontade com a presença do mentor caso se identifiquem com ele e construam uma boa relação interpessoal durante os ensinamentos e experiências de mentoria.
Contudo, é preciso trabalhar a cultura da empresa para que exista um limite nesse relacionamento, uma vez que o responsável pela mentoria não pode ser reconhecido como um simples colega de trabalho, pois isso prejudica a autoridade necessária para um processo de aprendizagem baseado em exemplos, feedbacks e orientações.
Com atenção às dicas mencionadas acima, a mentoria certamente irá agregar muito valor para que sua empresa desenvolva pessoas com mais qualidade e assertividade, a partir de benefícios como:
Quando um profissional precisa aprender tudo sozinho e não recebe orientações sobre as melhores práticas de sua área, é mais difícil que ele domine os melhores meios de realizar suas tarefas, evite erros e não encontre dificuldades.
O mentor atua justamente para oferecer atalhos, dar mais segurança e compartilhar conhecimentos valiosos para a função realizada, de forma a simplificar e acelerar toda a curva de aprendizagem.
A mentoria por si só funciona como um networking entre profissionais menos experientes com alguém de referência na área em que atuam.
Já quando a mentoria ocorre em equipes, as trocas de experiências e de conhecimentos se tornam ainda mais constantes, favorecendo a criação de novos contatos, garantindo a superação conjunta de desafios e “abrindo portas” novas dentro do seu segmento.
Uma das funções do mentor é compartilhar seus erros do passado para que os mentorados não os repitam em suas carreiras. Isso é muito valioso em termos de experiência, pois permite obter conhecimentos que só seriam obtidos a partir de falhas, mas sem os prejuízos e consequências geradas por elas.
No fim das contas tudo se baseia na experiência que o orientador compartilha, o que não engloba apenas seus erros, mas também suas vivências, percepções e práticas de sucesso.
Voltando à curva de aprendizagem, é evidente que cada indivíduo tem seu próprio padrão para absorver novos saberes, com conhecimentos específicos, tempos diferentes de aprendizado e interesses diversos.
Na mentoria, os profissionais podem ser orientados conforme suas próprias necessidades e limites, já que o contato próximo do mentor o permite conhecer melhor cada profissional e identificar quais são seus principais pontos passíveis de melhorias, preferências e aptidões.
Por falar em aprendizagem adaptativa, ela pode ser favorecida em todas as suas frentes por meio de uma boa plataforma de educação corporativa.
A visão tradicional da mentoria pode nos remeter aos encontros presenciais entre mentores e aprendizes, mas é impossível ignorar que a ascensão do ensino remoto e das tecnologias de T&D mudaram significativamente essa lógica.
Além de proporcionar um conteúdo flexível, adaptável e personalizado para os treinamentos da sua empresa, os melhores sistemas da área também oferecem ferramentas de ponta para mentorias remotas.
Tenha em mente que um mentor não precisa necessariamente estar dentro da sua empresa, e que muitas vezes os experts de referência podem estar distantes fisicamente de você. Por isso, contar com um ambiente virtual pode ser decisivo para eliminar barreiras e ter acesso a tudo o que você precisa para desenvolver pessoas com toda excelência que seu negócio precisa.
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