De acordo com o report The skills revolution and the future of learning and earning (A revolução das habilidades e o futuro da aprendizagem e dos ganhos, em livre tradução), publicado pela McKinsey, a tecnologia vem transformando a natureza do trabalho e, portanto, a maneira como encaramos a atração de talentos, o desenvolvimento dos times e a importância da educação corporativa neste processo precisam ser discutidas.
Como resultado de uma cada vez mais rápida e contínua transformação tecnológica, acompanhada das mudanças culturais no ambiente corporativo, é essencial que as empresas redefinam suas estratégias e abordagens de forma geral, mas especialmente no que diz respeito ao papel desempenhado pelas áreas de treinamento e desenvolvimento.
Em meio a essas mudanças, a educação corporativa emerge como uma frente poderosa: projetar programas que realmente ajudem cada pessoa a fazer mais, crescer e manter seu nível de energia e comprometimento é um elemento fundamental na construção de uma empresa “irresistível" não só para a atração de talentos, mas também para sua retenção.
Segundo o artigo da Bersin Welcome to the post-Industrial Age (Bem-vindos a Era pós-Industrial, em livre tradução), atualmente as empresas se deparam com o desafio, no que tange ao seu capital humano, de implementar soluções que promovam o desenvolvimento de novas habilidades, criem alinhamento, motivem o desempenho e mantenham a equidade e a inclusão das equipes. Assim, é possível fazer com que elas precisem adotar, daqui pra frente, uma mentalidade de incubadora de talentos.
Hoje, o RH transcendeu sua clássica função de "contratar e treinar” para ser considerado uma fonte vital de inovação nas organizações, atuando como uma consultoria interna que fomenta o crescimento do negócio por meio da capacitação de seus talentos.
Isso significa que o RH agora é, em certo sentido, uma função de design e entrega, construindo "produtos" e ofertas que ajudam a empresa e seus profissionais a crescer.
Essa visão sistêmica e estratégica da área está permitindo que, em vez de se contratar em um grupo e demitir em outro, a tomada de decisão possa ser sobre quem mover, quem retreinar (reskilling) e como redesenhar o trabalho para com que o crescimento da organização escale e seja sustentável.
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Diversas empresas estão se preparando massivamente para a automação de processos e o uso da Inteligência Artificial para melhorar sua eficiência, porém sem a educação adequada, boa parte dos profissionais não poderão aproveitar todo o potencial vislumbrado dessas soluções.
A IA realmente tem um potencial incrível para transformar o mercado de trabalho. No entanto, a tecnologia em si não é suficiente. As empresas precisarão se esforçar para integrar a IA em suas operações, garantindo que seus profissionais estejam equipados com as habilidades e conhecimentos necessários para usar essa tecnologia de forma eficaz.
À medida que avançamos para um futuro incerto, uma coisa é clara: empresas que investem em seus colaboradores e se adaptam às mudanças emergentes sairão na frente.
A educação corporativa é mais do que apenas uma ferramenta; é uma estratégia essencial para garantir o sucesso a longo prazo.
Com uma abordagem de RH sistêmica e um foco contínuo no desenvolvimento de talentos, as empresas estarão preparadas enfrentar os desafios que surgirem – e o momento de começar é agora.
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Texto por Rodrigo de Godoy, Diretor de Arquitetura Educacional e Soluções Integradas do UOL EdTech.