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O que aprendemos na primeira trilha da jornada Work & Learn RH de dezembro? - UOL EdTech

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Chegamos ao final de 2020, um ano extremamente desafiador para todos. Tivemos que nos adaptar, mudar, aprender e ressignificar. E a Work & Learn desse mês tão aguardado tem uma edição diferente: com jornadas especiais a cada semana, trazendo reflexões de transformação digital com nossos super parceiros SapiênCia.

Se você perdeu a primeira semana, aqui está um resumo do que rolou até agora. Mas para garantir que você não vai perder mais nada desse conteúdo rico, inscreva-se aqui para receber as próximas trilhas!

O que aprendemos com Eduardo Carmello sobre como se destacar em 2021?

Para Eduardo Carmello, o mais importante é aprimorar o mindset ágil. As equipes de RH e os orçamentos estão menores, enquanto as demandas aumentam. Ele relata que em 2020 viu muitos casos que careciam de planejamento e priorização e, quando não é possível, a qualidade das entregas cai e, com isso, o valor do trabalho também. Quando você usa o mindset ágil é importante a capacidade de um bom planejamento e priorização.

Seguido de uma execução em modo Sprint Project, em que de 15 em 15 dias seja analisado o que está sendo entregue, se o timing está adequado. Uma das grandes vantagens é criar um ambiente de confiança com time, em que seja possível discutir as ideias, problemas e obstáculos, tentando resolvê-los da melhor forma.

A segunda questão é como desenvolver e aprimorar talentos para melhorar a qualidade de entrega da organização. E a dica de Eduardo é: capacite os seus líderes para serem ágeis também. Muitos projetos de transformação acabam não sendo lançados por conta de obstáculos no caminho, que poderiam ser eliminados com a liderança ágil. Assim, é possível ter uma organização que produz inovação, agilidade e, principalmente, cria experiências positivas aos clientes.


O que aprendemos com Vânia Bueno, sobre papel, posicionamento e relevância dos profissionais de Recursos Humanos?

Vânia Bueno inicia com boas notícias: nunca houve um momento tão positivo e promissor para profissionais que dedicam suas vidas a compreender a complexidade humana. O fator humano está conquistando um espaço de destaque nas organizações.

De acordo com o World Economic Forum, o que mais tem tirado o sono dos CEOs do mundo é a constatação de que será preciso requalificar toda força de trabalho, desenvolvendo novas habilidades, em especial relacionais e sociais. Com isso, o RH assume o coração da estratégia.

A consciência abre uma janela de oportunidade enorme para profissionais de humanas, mas também apresenta um grande desafio.

Vânia compartilha três aspectos que podem ajudar no caminho de mudança:

O primeiro é a necessidade de uma pausa reflexiva. Temos feito tudo com agilidade e sob pressão que é essencial refletirmos como nos sentimos, onde buscaremos dados e o que ainda precisamos aprender. É um momento de autoconhecimento para assumir um papel de grande protagonismo nas corporações onde estamos.

O segundo aspecto é que o RH precisa ser um exemplo da cultura de colaboração, um momento para que as pessoas abram suas portas e ouçam mais. Um passo importante talvez seja se aproximar da área de estratégia, para entender o coração do negócio, linguagem, atividades e informações que podem ser oferecidas na tomada de decisão.

O terceiro ponto é investir fortemente no desenvolvimento de habilidades de comunicação. O foco é criar significado, considerando que atualmente comunicação não é de interesse de uma área específica. Todos precisam entender como a comunicação impacta a relação com o outro, com o cliente, mercado, valor e reputação da empresa.

Vânia encerra dizendo que comunicação não é apenas aquilo dito ou escrito e, sim, sinônimo de comportamento.


O que aprendemos com Tati Fukamati, sobre empatia


Se você ainda fala sobre soft skills e empatia como tendências do futuro, está errado. Segundo Tati, o futuro já chegou. As competências são do presente.
2020 exigiu de nós novos comportamentos e habilidades para conseguirmos lidar com o contexto como um todo. Encontramos novas formas de trabalhar, se relacionar, se organizar e se conectar com o outro e como equipe.

Sentimos na pele a importância do desenvolvimento da inteligência emocional. Percebemos o quanto a saúde emocional dos colaboradores influencia diretamente os resultados conquistados.

A partir de agora cabe aos profissionais de RH, ficarem de olho em uma série de novas competências, sendo empatia uma delas. Como ajudaria as equipes a estabelecerem contextos de confiança e colaboração? Como estaria dentro dos processos de lideranças? Cabe aos profissionais estabelecerem novos protocolos de relacionamento, que consigam dar conta das entregas e das pessoas responsáveis por fazerem as entregas.

A empatia serve de base para diversas outras competências que serão essenciais no novo contexto, em um mundo cada vez mais tecnológico, com desafios mais complexos e mudanças acontecendo em um ritmo acelerado. Precisamos de mais flexibilidade, inovação e criatividade. De acordo com Tati, só é possível conseguir as habilidades se olharmos os problemas por várias perspectivas.

Tati encerra dizendo que empatia é uma competência do presente e do futuro, e que não pode mais ser ignorada por nenhum tipo de profissional e que todos precisam se aprofundar no tema e colocar em prática em seu ambiente organizacional.


O que aprendemos com Guta Orofino sobre o papel do RH na visão para 2021?


Há a necessidade de trazer um RH mais estratégico, participativo e que possa assumir uma nova posição nas organizações, começa Guta. É preciso rever o conceito de um recurso humano quando trabalhamos com pessoas. Como alterar o conceito dentro das organizações para que sejamos gente e não apenas um recurso? Com a pandemia, percebemos que somos muitas vidas em uma só e não podemos nos separar.

O segundo ponto é: como nos tornamos uma organização pautada por dados? Estamos vendo as mudanças nas organizações, mas precisamos tomar decisões estratégicas a partir de dados.

Guta encerra dizendo que o papel do gestor de pessoas é fundamental no contexto para trazer assertividade e objetividade, na função tão complexa que é lidar com pessoas.


O que aprendemos com Tadeu Brettas sobre criatividade?


“Criatividade tem tudo a ver com simplicidade”, afirma Tadeu no início da aula. Segundo ele, é dever do RH desenvolver mecanismos para que os colaboradores consigam sentir, de forma espontânea, vontade de produzir criatividade no ambiente de trabalho.

Criatividade é uma habilidade que deve ser desenvolvida nos times. As pessoas nascem com potencial criativo, cabe a nós desenvolvermos o potencial. Tadeu Brettas defende apaixonadamente isso, principalmente depois do estudo publicado pelo World Economic Forum, em outubro. No estudo a habilidade criativa aparece com destaque entre as mais importantes, exigidas dos profissionais, desde sempre.

A dica é: use o recurso da criatividade em 2021. Use recursos que sejam capazes de incluir a habilidade nas ferramentas, capacitações e cursos. Os colaboradores já possuem a habilidade dentro deles, mas muitas vezes se sentem inibidos para liberá-la.

Abra espaço para uma tolerância ao erro, deixando os funcionários à vontade para transbordar a imaginação. Um grupo de pessoas motivadas a “esticar a imaginação”, tem poder. A criatividade se encaixa em qualquer cultura, seja uma multinacional ou uma startup.

Nosso parceiro SapiênCia encerra com um recado: estimulando a criatividade, temos algo valioso que as máquinas não podem nos entregar tão cedo.


O que aprendemos com Caio Calado, com dicas para transformar o ano de 2021?


Satya Nadella, CEO da Microsoft, afirmou em abril que quatro meses de pandemia equivaliam a dois anos de transformação digital. Muitas pessoas precisaram se adaptar a mudança digital e ressignificar o que de fato é a transformação digital.

A dica de Caio é: automatize conversas para conversas não-humanas. Muitas dúvidas simples são tiradas de forma informal e acabam passando batidas, podendo custar até mesmo danos a sua saúde mental e a sua produtividade.

Toda vez que alguém muda o foco para outra coisa, recuperar a concentração pode levar até 25 minutos. Isso, somado no fim do dia, pode significar até mesmo 40% da sua produtividade.

Coisas simples como: dúvidas sobre ponto, agendamento de férias, 13º, agendamento de férias, entre outras coisas. O ideal seria classificar 10 tópicos e entre eles, classificar os dois que os funcionários mais buscam com dúvidas.

Caio relata o caso da Adobe, que tem mais de 20mil colaboradores pelo mundo. Eles implementaram um assistente digital para atender pessoas com demandas simples. Em poucos dias o tempo de suporte diminuiu de 10h para apenas 20 minutos. Os casos que não era possível responder, era encaminhado para atendimento humano.

Para construir seu assistente existem quatro passos simples:

Contexto: mapeie o contexto e descubra as possibilidades que você e seu time tem em frente.

Canal: defina onde a conversa irá acontecer. Muitas empresas utilizam ferramentas para comunicação interna, como se fosse rede social.

Conteúdo: Dê personalidade ao assistente, respeitando a energia da sua empresa, também passando a energia do RH.

Reflexão: veja o que está dando certo e o que não está. Preste atenção nas demandas não atendidas também.


“Comece pequeno e sempre pensando na experiência positiva que vai causar no dia-a-dia das pessoas”, finaliza Caio.


O que aprendemos com Amanda Costa, sobre o amor no mundo corporativo


Como o profissional do RH pode se destacar em 2021? Qual é a maior prioridade para garantir o desenvolvimento da empresa e dos colaboradores? Amanda garante que é o amor.

Antes, o tema era proibido nas empresas. Agora, começa a ser visto como competência.

Amanda compartilha experiências sobre a época que ficou viúva, tendo a responsabilidade de cuidar dos dois filhos e dos negócios da família, no setor de reciclagem. Até o momento eram 18 anos escrevendo, apurando notícias e escrevendo. A empresa também tinha perdido seu líder e seus funcionários esperavam respostas, enquanto ela só tinha dúvidas.

Nossa parceira SapiênCia não demorou para perceber que se encarasse o desafio de forma positiva, tudo seria mais leve. Ela estava aplicando o princípio do “fluxo”, divulgado pelo psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi, que diz que quando você faz o que você gosta, se sente focado, criativo, as ideias fluem. É possível ter uma atitude positiva para atividades que você não gosta, se focar no resultado.


Ter que esconder o maior dos sentimentos humanos é o mesmo que dizer que devemos deixar de ser nós mesmos no ambiente profissional. Talvez essa seja a causa de tantas frustrações no trabalho.


Amanda considera um dos maiores desafios para 2021, pensando em humanizar as relações, é adotar o amor como competência essencial.

Essa foi a primeira semana do evento Work&Learn, especial SapiênCia. Não perca as próximas trilhas!