Que oportunidades aprendizes digitais buscam
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Na era da automação, robótica e IA, a vida útil e a relevância das habilidades constantemente são revistas e reorganizadas, ao mesmo tempo em que novas ocupações, atribuições, funções e cargos são sendo criados em ritmo acelerado.
Segundo o artigo “The needs of the individual learner in the 21st century”, do Deloitte Center for the Edge, “as pessoas estão sendo estimuladas por um ciclo acelerado de obsolescência de habilidades como nunca se viu. Esse cenário de rápidas mudanças exige aprendizagem contínua de novas habilidades e ramos de trabalho, recapacitação e aplicação das competências atuais em novos contextos. Também exige que todos sejam mais fluentes em ferramentas digitais e se sintam confortáveis em ambientes virtuais”.
No entanto, prever quais habilidades e trabalhos são mais vulneráveis a ficar obsoletos não é tão simples. O que acontece, então, com os profissionais que precisam recalibrar suas carreiras para opções às quais sua formação não ofereceu nenhum preparo?
De acordo com Melanie Lindner, colaboradora da Forbes, “à medida que as expectativas de emprego e realização mudam, a aprendizagem ao longo da vida torna-se cada vez mais importante”. Em seu artigo “What people are still willing to pay for”, ela afirma que um sinal dessa necessidade é o crescimento do mercado de manuais de coaching (US$ 2 bilhões) e de autoajuda (US$ 11 bilhões). “As pessoas estão procurando não apenas aprender, mas também se orientar em um mundo que muda sem parar, para encontrar as melhores oportunidades de aprendizagem e carreira”, aponta Lindner.
Nesse contexto, cada vez mais as pessoas enfrentam a possibilidade de ter múltiplos trabalhos, bem como múltiplas carreiras ao longo da vida.
Aliás, outro ponto que vem redefinindo carreiras tradicionais é o maior desejo por autonomia e por encontrar um trabalho significativo que satisfaça preferências pessoais. Diante desse movimento, muitos profissionais vêm saindo das grandes organizações para trabalhar em empresas menores ou se tornar autônomos, já que as promessas tradicionais de estabilidade, renda, assistência médica, oportunidades de desenvolvimento e progresso na carreira, antes vinculadas a grandes empresas, já não são tão atraentes como antes.
De fato, tanto profissionais independentes como empregados fixos continuam precisando de desenvolvimento profissional e oportunidades de aprendizagem para desenvolver e atualizar habilidades. E, como se viu, cada vez mais eles têm buscado isso em fontes externas.
Veja a seguir, segundo o Deloitte Center for the Edge, o que o aprendiz da era digital precisa:
1) “Guia de navegação”, isto é, uma boa curadoria para selecionar as melhores opções
2) Desafios contínuos e aprendizagem ao longo da vida (lifelong learners)
4) Colocação profissional
5) Habilidades relevantes e aplicação em contexto
6) Prazos flexíveis e compactos
7) Habilidades intangíveis e aprendizagem tácita/experiencial
8) Desenvolvimento profissional
9) Networks e comunidades de prática