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A tecnologia, que fica cada vez menor – e são conhecidas como mini tecnologias –, vai criar a próxima disruptura nos negócios. Isso é o que afirmam os desenvolvedores de soluções tecnológicas da SAP e autores do artigo “Tiny Tech, Big Bang”, Andy Hancock, Matthew Jennings, Carol Mackenzie, Marc Teerlink e Danielle Beurteaux.  

Segundo eles, a evolução mostra uma tendência de miniaturização das tecnologias. “Os primeiros computadores preenchiam uma sala, com pisos reforçados para lidar com seu peso. Agora eles se encaixam em nossos bolsos e até sob nossas peles, sendo menores do que um grão de arroz”, exemplificam. 

Em sua opinião, o “mini” vai dominar o mundo. Eles acreditam que vários fatores convergiram de maneira oportuna para a primazia da Mini Tech: o preço decrescente do hardware, o design aperfeiçoado dos chips, a redução de componentes e o aumento da coleta de dados que, graças à nuvem e à IA, agora podem ser transformados em valor comercial. 

Isso significa que o “mini” não está apenas diminuindo, mas também está ficando mais inteligente, permitindo que tecnologias como IA e Machine Learning sejam aplicadas em um número maior de casos. Saiba mais a seguir!  

Futuro próximo com sensores e robôs minúsculos 

Para os especialistas, hoje, pequenas tecnologias permitem de tudo, desde robôs ingeríveis a drones minúsculos, bem como muitos outros dispositivos que parecem ter saído dos filmes Star Trek e Blade Runner. 

“No futuro próximo, vamos usar sensores e robôs minúsculos para coletar informações em lugares onde não podíamos ir antes ou que eram muito perigosos — e vamos fazer isso 24 horas por dia, sete dias por semana. A quantidade de dados gerados por mini tecnologias inteligentes também vão transformar nossa análise e gestão da informação”, ressaltam. 

Mas, os pesquisadores alertam que, antes de adotar mini tecnologias na empresa, é preciso conhecer algumas barreiras.  

“O trio ‘sensores — fonte de energia — dados’ precisa ser refinado para que pequenas escalas sejam viáveis. Há questões de ética e privacidade a serem consideradas, especialmente no campo da tecnologia em saúde. Também a cadeia de suprimentos e o processo de produção. Afinal, apesar de o ‘mini’ ser ótimo, se não houver um resultado comercial lucrativo, será um fracasso”, dizem. 

Leia também: Como ter uma empresa inteligente com o uso da tecnologia 

Mini Tech: personalização, economia e eficiência 

Outro ponto que destacam é que a mini tecnologia (Mini Tech) vai permitir a verdadeira personalização, além de torná-la econômica e eficiente. O benefício comercial óbvio, segundo eles, é um desperdício menor, sem tanto lixo eletrônico nos aterros.  

No entanto, dizem que chegar à personalização ideal será um desafio. “A produção vai precisar ser repensada e reconfigurada para produzir lotes personalizados de produtos com o mínimo de atraso entre eles. Isso vai exigir um enorme ajuste para a maioria dos setores, porque tradicionalmente as cadeias de suprimento são projetadas para grandes quantidades produzidas nas velocidades mais altas possíveis. Mas o mercado, eventualmente, vai demandar isso”, apontam. 

Para eles, a mini tecnologia também vai exigir máquinas mais flexíveis e acionadas pela IoT, em conformidade com critérios de compliance. “Por tudo isso, as empresas precisam começar a planejar a tecnologia, o espaço físico e as equipes que possam gerenciar a mudança dos processos para o universo da Mini Tech”, concluem. 

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Texto por Marisa Nannini, Diretora de Negócios B2B do UOL EdTech.