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Criatividade humana: sua importância em tempos de máquinas inteligentes

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A inteligência artificial poderá absorver uma gama de tarefas cotidianas e repetitivas que atualmente consomem parte do nosso tempo, o que poderá nos proporcionar mais espaço para a criatividade humana.  

 

Estudos ingleses recentes sugerem que, até 2030, assistentes de IA deverão economizar até duas semanas por ano dos colaboradores, liberando-os de cargas de trabalho operacionais e rotineiras, redirecionado esse excedente para atividades como a aprendizagem contínua, a experimentação para inovação e a colaboração interpessoal. 

 

A IA pode não ser capaz de gerar ideias novas e inovadoras de forma independente, mas tem um potencial imenso para catalisar o pensamento criativo. Ela pode fazer isso de várias maneiras, desde fornecer inspiração por meio de simulações e visualizações até identificar padrões que não seriam evidentes sem a análise de dados em grande escala.  

 

Neste conteúdo, compreenda qual é a real importância da criatividade humana em um cenário onde temos máquinas inteligentes e como valorizar essa habilidade de modo que ofereça benefícios para sua organização! Confira a seguir!  

 

Como a IA pode afetar o pensamento criativo nas organizações 

Com a IA, os profissionais podem experimentar cenários hipotéticos e explorar o “e se”, impulsionando a inovação para além das limitações dos modelos convencionais de desenvolvimento dos negócios e crescimento das organizações. 

 

Contudo, o uso dessa tecnologia pode ser uma faca de dois gumes. À medida que se torna mais integrada em nossas vidas profissionais e pessoais, existe o risco de se tornar uma distração num contexto em que produtividade é palavra de ordem.  

 

O Instituto Gottlieb Duttweiler destaca que, embora a IA possa otimizar a eficiência, ela também pode inibir a criatividade ao reduzir o tempo dedicado à reflexão desestruturada, fundamentais para o surgimento de novas ideias. A chave é identificar como a IA pode ser uma aliada no processo criativo sem suprimir o protagonismo que cada colaborador pode aportar ao resultado do negócio. 

 

 

Integrando IA e Criatividade Humana 

Apesar do seu potencial, a IA ainda não consegue replicar a complexidade das experiências e diversidade humanas que são essenciais para o desenvolvimento de ideias.  

 

Por exemplo, a interação inspiradora com colegas ou o aprendizado de novas habilidades em ambientes dinâmicos e imprevisíveis permanecem fora do domínio da IA. Estas são nuances da experiência que a tecnologia atual ainda não pode emular. 

 

Para navegar neste novo paradigma, os indivíduos e organizações devem aprender a ajustar as “velas” da criatividade: isso significa saber quando permitir que a IA assuma o controle e quando o “tom” deve ser dado por nós.  

 

Nesse sentido, o pesquisador Jan Bieser sustenta que as ideias mais bem-sucedidas surgirão daqueles que sabem como orquestrar máquinas inteligentes enquanto permanecem firmemente no comando. 

 

Integrar a IA no processo criativo requer uma compreensão de suas capacidades e limitações. Por exemplo, a IA pode ser programada para otimizar a estruturação de um conteúdo para formação da base de talentos de uma empresa, mas ainda precisa ser vista como uma ferramenta que executa tarefas dentro de um escopo definido pela curadoria humana. 

 

Mas nem tudo são flores: a resistência à distração da IA é crucial, tanto na vida privada quanto no trabalho. Os gestores precisam discernir onde a tecnologia pode impulsionar a criatividade e onde pode significar perda de foco.  

 

Decisões conscientes sobre como e quando usar a IA podem ser a diferença entre fomentar a inovação por meio dessa nova habilidade a ser adquirida por todos ou cair no uso comum e pouco efetivo. 

 

Inteligência Artificial como grande aliada da criatividade humana 

A inteligência artificial tem o potencial de ser uma das maiores inovações da nossa era, transformando o modo como vivemos e trabalhamos.  

 

No entanto, para que ela se torne uma verdadeira aliada da criatividade humana, devemos aprender a utilizá-la de forma adequada, garantindo que ela realmente seja “copiloto” da criatividade humana.  

 

As ideias mais inovadoras emergirão daqueles que conseguem integrar a IA em suas práticas criativas sem perder de vista o valor insubstituível da intuição, imaginação e da interação humana genuína nas mais diferentes frentes: da aprendizagem à gestão de talentos e desenvolvimento organizacional.  

 

Assim, enquanto olhamos para o futuro, é crucial que nos posicionemos não apenas como usuários da IA, mas como “maestros” dessa sinfonia digital que está se formando ao nosso redor. 
 

Texto por Marisa Nannini, Diretora de Negócios B2B do UOL EdTech. 
 

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